segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Hotel de Ville e pista de patinacao

Paris

A beira do Sena
Meus queridos leitores,

Como nem tudo sao flores aqui tem muita, muita fila pra tudo!!! isso tem me irritado um pouco nessa cidada entao, depois de uma pessima experiencia com a torre eiffel, preferido olhar os monumentos de fora.
Nao esta fazendo tanto frio como eu imaginava, mas a cidade em si e meio fria. Os parisienses nao tem muita paciencia pra nos entender e explicar as coisas. Viajar sozinha tem sido uma experiencia boa e ruim ao mesmo tempo. Tenho o meu tempo de ver as coisas mas sinto falta das pessoas ao meu redor, de contar as noviddades, enfim.
Hoje fui ao louvre, muita, muita gente. Me perdi entre tantas coisas e resolvi voltar na sexta a noite quando e gratis para os jovens.
Ontem fui ao Hotel Ville, um predio lindo que ja foi sede da prefeitura de Paris. Nesse fim de ano instalaram uma pista de patins que manchou a paisagem. Tem um carrossel el cada esquina dessa cidade.
Deixo voces nesse ultimo ano com bonne felicitations et un Bonne Anee pout Touts.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

video 1

http://www.youtube.com/watch?v=kk_oIkbnTzE

Saint chapell ou momatre???

O carrossel!!!

Em Paris


Bom,

depois de uma chegada infernal, Paris resolveu sorrir pra mim! recuperei minhas malas depois de gastar muito frances com a atendente do aeroporto. Alias, aqui sozinha ontem me peguei pensando em frances!!! ainda nao me rendi ao ingles, a nao ser quando me peco pra algem tirar foto minha e a pessoa nao entende!
ontem fui a champs elisees e ao arco do triumfo, foto ai de cima. A champs elisees decorada com as luzes de natal e linda e parece neve!!!
o teclado daqui e todo diferente entao e dificil escrever!
fiz compras como toda boa mulher em paris!
hoje fui a momatre; o bairro dos artistas aqui de paris! tem uma linda igreja chamada saint chapell no topo, mas eu achava que o nome da igreja era momatre e rodei o bairro todo subia e descia atras da tal saint chapell se, saber que eu ja a tinha visitado assim que cheguei. Micos de viajante!
fiz o que toda turista faz, um retrato meu desenado por um dos artisras, comi crepe na rua e passei muito, muito frio!!!!
hoje tambem fiz tuas coisas surreais mas que nao podia deixar de fazer andei de roda gigante e de carrosel!!! ê, por causa do ano novo a prefeitura de paris instalou uma enorme roda gigante e carroseis pela cidade! bom, fico por aqui; aguardo emails, comentarios ou qqer coisa;

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

So Long, Farewell, Adieu!


People,
em algumas horas estarei dentro de uma aeronave como esta, feliz e muito, muito contente rumo a Paris! Espero que vocês acompanhem o Blog pois ele dará notícias fresquinhas fresquinhas das aventuras da equilibrista na Europa!!!
Para uma melhor localização e climatização, em Paris a previsão do tempo é:
03ºC 07ºC Sol e nebulosidade variável, sem previsão de chuva para hoje e
02ºC 06ºC Nublado com possibilidade de chuva fraca para amanhã quando desembaracarei na cidade luz!
Infelizmente havia previsão de neve pra um desembarque em grande estilo, mas infelizmente São Pedro resolveu mudar de idéia!
Me voy, deixando um Rio de Sol e calor, praia e pré carnaval ( mas no carnaval to de volta!!!), mas rumo à museus, castelos, igrejas, igrejas, castelos, museus, castelos, museus, igrejas, cafés, fontes, torres, Boulangeries, Pizzas e Pastéis de Belém; Bacalhaus, máscaras e vaporetos!!!!!
Vou muito bem acompanhada de Galeano e Martha Medeiros !!!
Mandem comentários, emails, mensgens de textos, sinais de fumaça e afins!!!
Bisous!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Voando mais alto

"Na corda bamba" está partindo amanhã para um vôo bem alto. Andar, conhecer o velho mundo, se descobrir, descobrir coisas novas, refazer antigas... A equilibrista em cima do muro continua sua luta diária pra não cair da corda e não se machucar em nenhum dos dois lados em que possa cair. O maior desafio é se manter ali, na corda, no muro, no meio. Sem extremismos, sem definições prévias, sem futuro escrito.
Nada melhor do que viajar pro desconhecido cheio de boas e provavelmente más surpresas pra ficar mais forte na caminhada da corda. São rua, casas, bairros, igrejas, tempo, pessoas tudo desconhecido e pronto para ser descoberto, visto e revisto pela equilibrista.
Tempo pra pensar, pra viver, pra gastar, pra fazer e refazer. Tempo pra mudar. Como toda equilibrista iniciante é difícil não cair da corda diversas vezes , mas se não subirmos denovo a cada queda, nunca chegaremos ao equilíbrio, pois o fim da corda não chega e nunca deve chegar.
O medo de cair, o medo de atravessar o medo de partir e o medo de ficar são carregados junto com a energia pra atravessar a corda, sem desistir, sem cansar, sem estagnar.
A primeira parada da equilibrista é Paris, a cidade Luz!!! Nada melhor do que ela pra iluninar o caminho desconhecido! E quantas luzes! Torre eiffel, Notredame, Cité de la Musique, Momatre, Saint Chapelle e muitos, muitos outro lugares lindos a descobrir!!
Minha querida platéia, aguardem pois a equilibrista promete dar muitas notícias dessa sua nova aventura, sem nunca deixar de viver e seguir sua corda, pois afinal, essa é uma grande e importante tragetória pra aprendizagem do equilibrismo!
En francais eu me despeço de vcs e peço que aguardem e torçam por notícias!
Gros Bisous
à Bientôt
Isabella

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Recebi essa brincadeira do Blog da Catarina (http://www.catapensandoalto.blospot.com/ ) e fui intimada a fazê - la ahaha . Também escolhi Chico para responder às respostas, mas prometo não copiar minha amiga e colega de blog! Deve - se responder todas as perguntas com títulos de música de um mesmo compositor! Depois deve se indicar outros blogs ou fotolog, o que eu farei após responder às perguntas

1 - Você é homem ou mulher?
R: "Deixe a menina"
2 - Descreva-se:
"Construção"
3 - O que as pessoas acham de você?
R: "Folhetim"
4 - Como descreveria seu último relacionamento amoroso?
R: "Passaredo"
5 - Descreva sua atual relação com seu namorado ou pretendente:
R: "Sem fantasia
"6 - Onde queria estar agora?
R: "atrás da porta"
7 - O que pensa a respeito do amor?
R: "sentimental
8 - Como é sua vida?
R: "Samda do grande amor"
9 - O que pediria se pudesse ter apenas um desejo?
R: "O meu amor"
10 - Uma frase sábia:
R: "Quando o carnaval chegar"
11 - Agora diga tchau:
R: "O último blues"

Fotologs e blogs indicados:
Marcella, Luiísa Toller, Mariana Villas, Vida de Atriz e Marcelo Frankel

sábado, 7 de julho de 2007

Um passo para trás, dois para frente

Um dia desses conversava com um amigo sobre essa teoria de que se dá um passo para trás para poder dar dois para frente. Acredito muito nessa teoria. Avançar é muito difícil quando não se tem algo por atrás bem consolidado. Não aprendemos a andar antes de poder ficar em pé, não escrevemos livros antes de escrever frases e nem andamos distâncias muito longas antes de saber como é o caminho de volta para casa.
Fato é que, muitas veses para podermos evoluir como indivíduos (sociais, cosnoscentes e afetivos) que somos, precisamos dar um passo para trás, para ver se as construções estão bem feitas ou se há alguma rachadura. Em alguns momentos achamos que o que vem por trás está bem construído, que aqueles erros não cometeremos mais, que alguns vícios e defeitos realmente ficaram para trás. Basta alguma situação inesperada, uma acomodação não antes vista, para vermos que aquela estrada lá de trás tem alguns deslizes, umas curvas mal feitas, que não estão nos deixando guiar por ela devidamente.
O momento de perceber isso é desesperadamente angustiador e desanimador. Achávamos que já tínhamos feito um longo e bom trabalho, que não precisávamos nos preocupar mais com isso... mas infelizmente, temos que voltar a trás, reconstruir a estrada para enfim poder seguir em frente. Sim, trabalho dobrado pela frente. Trabalho esse que vem com um quê de derrota por não ter sabido construir o caminho anterior ou por não ter percebido antes suas falhas. Talvez tivéssemos percebido as falhas, mas não nos demos o trabalho de voltar para a reconstrução, seria mais fácil tentar seguir sem olhar pra trás, sem ver as rachaduras, que pareciam,ou queriam parecer, pequenas, inofensivas.
A minha mente tem uma capacidade de imaginação digna de autores de telenovelas. Sou capaz de antecipar acidentes, casamentos, aniversários, faltas, tristezas, romances, perdas com tantos detalhes e tanta antecedência que não daria muito trabalho à minha equipe de atores, cenógrafos, figurinistas ou responsáveis por efeitos especiais.
O que acontece é que a nossa capacidade de imaginaçao não significa capacidade de antecipação e por isso sonhos, esperanças e planos se vão, como uma maquete implodida num filme de ação. A facilidade de tudo ir, literalmente, por água a baixo é a mesma pela qual é tudo construído. Basta uma palavra (dita ou não dita), uma cena, um olhar, uma falta. Já tinha sido muito avisada de que essa tal imaginação(ou se quisermos chamá - la por seu apelido mais comum, expectativa) iria me causar muitos problemas. Mas ela exercia um poder tão grande sobre mim, como uma droga que se consome que leva ao paraíso para depois lhe mostrar o inferno, que eu não me preocupava com o inferno, vivia só de paraíso.
Ainda não sei muito bem como me livrar dela, acredito que muitas pedras, muitos infernos, muitas estradas esburacadas ainda virão até que eu aprenda que ela realmente faz mal a saúde, que não é mera invenção. Preciso voltar atrás, reconstruir esse caminho, tapar os buracos e os danos já causados por essa estrada. Só assim vou conseguir ir em frente.

p.s: a brincadeira mandada pelo blog da Catarina vem no próximo post!

sábado, 30 de junho de 2007

Canções, canções

Adoro citar letras de músicas durante o dia a dia. Várias vezes ouço coisas que me lembram músicas. Em ambientes formais me controlo, mas quando posso sou a primeira a cantarolar pedaçoes de músicas.
Além disso várias situações e reflexões do dia a dia me lembram músicas.Na maior parte das vezes elas me ajudam a refletir e entender pensamentos. Em outras são só motivo de brincadeiras. O que é certo é que a música faz parte da gente de uma maneira tão forte que sempre temos uma ou duas delas para se encaixar em vários momentos de nossas vidas. Algumas frases tiradas de letras de música que são muito recorrentes no meu dia a dia:

"Deixa Ser como será" Los hermanos

acho que pode ser a primeira delas, a que mais me vem 'a cabeça. Me lembra que nós não temos e nem podemos controlar tudo o que acontece. Tem que deixar ir e "que seja feita a vossa vontade".

"Felicidade é um bem natural"
não sei exatamente de quem é a música, mas é Roberta Sá quem canta. Às vezes sentimos algo que não sabemos explicar, mas que é bom, é simplesmente felicidade e ela está aí pra ser desfrutada.

"Ando devagar porque já tive pressa" essa eu falo especificamente para as minhas amigas que reclamam quando eu ando muito devagar. Eu não ando, eu passeio. Gosto de olhar as "cores de Almodovar e de Frida Kallo" como já diz adriana Calcanhoto em outra música. Também não sei de quem é a música, mas Bethania canta.

"Calados os segredos falam" Marisa Monte As vezes como diz minha querida Amanda (http://www.vidadeatriz.blogspot.com/) o silencio é melhor que muitas palavras e é nele que se descobre muitas coisas.

"Foi assim, com ver o mar" Flavio Venturine . A música em si já me desperta uma emoção enorme. A letra vem complementar dizendo que o amor à primeira vista pode ser comparado a ver o mar, aquela imensidão que transborda e nos leva ao mesmo tempo.

Citando e plagiando minha amiga e dona de um excelente blog, Catarina Chagas (http://www.catapensandoalto.blogspot.com/), e você leitor, qual é a música que te emociona:
Qual a frase, verso ou letra que lhe marca no seu dia a dia.

P.S: posto da casa de Luisa Toller, por isso estou sem acentos e interrogações

terça-feira, 26 de junho de 2007

Pérolas Infantis

Nessa minha profissão docente ouço algumas coisas muito surreais, mas dignas do comportamento infantil!
Semana passada eu ouvi:

Cena 1
Um casal se beijando nos corredores da escola. Umas das minhas alunas pergunta:
"-quem é ele?
respondo:
-Namorado dela, suponh
-Eca, ainda bem que eu nunca vou me casar
- por que? -pergunta a professora tentando normalizar a situação.
- Isso é muito nojento
- Isso o que, querida, o beijo?
- É, tudo isso..."
No que as minhas outras alunas toadas concordam e dizem que também nunca vão se casar.

Cena 2
durante uma aula sobre os sons do corpo, peço ao aluno para bater no peito e bato no meu para mostrá - lo. como vocês devem imaginar, não bati nos seios e sim no peito. O aluno diz:

- O seu peito é diferente do meu peito
- Sim, nós somos diferentes - responde a professora
- O seu peito é cheio, o meu é vazio.
- É verdade.
- O seu peito está cheio de leite, não é? "

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Rua, espada nua

Um dia estava eu, voltando pra casa de um show às duas horas da manhã acompanhada de uma amiga, quase vizinha que mora há poucos prédios do meu. Era tarde e eu tinha medo de ir até em casa sozinha. Como o prédio dela era antes, ela resolveu subir mais um pouco comigo. A rua vazia, sem movimento algum. A cabeça cheia de perguntas e angústias. De repente começei a andar pelo meio da rua. Livremente, pelo meio mesmo e quanto mais próxima do meio eu ficava, maior era a minha sensação de liberdade. A rua que normalmente ficava cheia de carros, naquele momento era vazia, silenciosa e livre. Depois de alguns minutos a amiga diz " Chega né?" . Me repreendendo como se eu fosse uma criança fazendo aquilo que é proibido. Fato é que toda a minha sensação de liberdade foi cortada naquele momento. Fiquei muito tempo sem experimentar aquilo. Há pouco tempo atrás resolvi experimentar isso a noite denovo, num dia em que a cabeça também estava cheia. Gosto de testar meus sentidos enquanto ando pela cidade. Presto muita atenção nos sons, nos cheiros, naquilo que vejo. Vou descendo a ladeira, na esperança de que ônibus passe. Vou descendo e tentando diferenciar os diversos barulhos de carros, ônibus e caminhões.
Voltando a tal experiência, com alguma angústia dentro de mim, resolvi andar pelo meio da rua mais uma vez, atenta às luzes dos faróis e aos sons dos carros que iriam se aproximando. Mais uma vez senti aquela liberdade imensa de ver uma rua vazia na minha frente, como se tivesse um caminho totalmente livre a percorrer. Andei cada vez mais para o centro dela até ficar bem no meio. Quando um carro se aproximava andava calmamente para a calçada e quando sentia a rua vazia novamente, lá ia eu para o centro outra vez. Passei a tentar durante o dia e em alguns momentos por distração ou por vontade de sentir aquela sensação subo minha ladeira pelo meio da rua atenta às luzes dos faróis e aos barulhos dos carros.
É como se eu pudesse viver dessa maneira, arriscando livremente com um caminho de pedras pela frente, mas com o cuidado de saber quando devo recuar, quando devo andar para o lado e quando devo mesmo seguir em frente. O que não posso é deixar de andar pelo meio da rua com medo de que meus sentidos não funcionem. É bom saber que posso confiar neles e por conseguinte em mim.
Uma amiga fez a experiência e gostou! Acho que é assim que deveríamos ver a vida, como uma rua com pedras, carros, motos, mas com um caminho imenso, cheio de bifurcações, armadilhas, àrvores e flores! Andando livremente por ela, arriscando, vivendo e confiando sempre nos nossos sentidos!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Outros Sonhos


Outros Sonhos - Chico Buarque

Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
Sonhei que ela corava
Quando me via
Sonhei que ao meio-dia

Havia intenso luar
E o povo se embevecia
Se empetecava João
Se emperiquitava Maria

Doentes do coração
Dançavam na enfermaria
E a beleza não fenecia

Belo e sereno era o som
Que lá no morro se ouvia
Eu sei que o sonho era bom
Porque ela sorria
Até quando chovia

Guris inertes no chão
Falavam de astronomia
E me jurava o diabo
Que Deus existia

De mão em mão o ladrão
Relógios distribuía
E a policía já não batia
De noite raiava o sol
Que todo mundo aplaudia
Maconha só se comprava
Na tabacaria
Drogas na drogaria

Um passarinho espanhol
Cantava esta melodia
E com sotaque esta letra
De sua autoria

Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
E por sonhar o impossível, ai

Sonhei que tu me querias
Soñé que el fuego heló
Soñé que la nieve ardía
Y por soñar lo imposible, ay, ay
Soñé que tú me querías

domingo, 17 de junho de 2007

Como nossos pais

É estranho pensar, que em algum momento de nossas vidas passamos à frente de nossos pais. Seja em conhecimento da tecnologia, seja na aprendizagem de coisas novas, seja na visão que temos do mundo. Claro que isso não reserva a todas as pessoas, mas muitas vezes vejo filhos indo e pais ficando para trás. Não deveria ser ao contrário? Não deveriam nossos pais por ter mais vivência, mais experiência e mais bagagem estarem sempre um passo à frente de nós?
Tenho a sensação de que às vezes eles preferem ficar pra traz, de que tem medo de viver e acompanhar a vida do jeito que ela é. De abrir a mente, fazer um curso, andar pela rua livremente.
Eu, com todo o meu fervor, energia, vontade de viver e talvez até ingenuidade, fico querendo que eles crescam, que vão para frente, como se fossem até meus filhos. Sinto uma angústia por ver que eles tem medo demais, acomodação demais. Coragem de menos. Será que eles perdem a vontade de viver e de descobrir coisas novas depois de uma certa idade? Será que a vida passa a ter peso demais, responsabilidade demais e menos beleza?
Tenho a sensação as vezes de que sou eu que encorajo meus pais em alguns momentos a viver mais e aproveitar mais a vida do jeito que ela é mesmo que tenha se muitos problemas. Outras vezes penso que sou ingênua demais e que quando chegar na idade deles vou sentir e pensar do mesmo jeito. Quando penso assim recuo e penso: " Não, não quero ser como eles".
Não que eu não admire os dois, cada um da sua maneira, vivendo a sua vida. Mas por isso mesmo, penso que eles podem tão mais do que fazem... Sentem - se presos à tantas coisas...
De qualquer maneira, luto luto e luto para que eles saiam do lugar e para que eu nunca fique presa ao mesmo! Que a mente esteja em consntante mudança, que a vida seja sempre uma alegria apesar dos pesares, que a gente sempre tire uma coisa boa de cada dia e guarde para acordar feliz no próximo!
Gostaria, em muitos momentos que eles estivessem a frente de mim e me dissessem o que fazer! O que estivéssemos juntos para poder discutir e compartilhar! Essa energia que tenho viva dentro de mim, que me faz acordar, estudar, viajar, voar, conhecer e nunca, nunca parar, queria muito, mas muito que ela estivesse dentro deles!
Que eles arriscassem mais como quem anda pelo meio da rua enquanto não passam os carros, mas que estivessem sempre atentos ao barulho dos mesmos para saber quando estão vindo! Que rissem mais, saíssem mais, estudasem mais... e sempre, sempre estivessem na minha frente!
Talvez os esteja enxergando com os olhos errados, talvez esteja sendo arrogante, esteja vendo neles só seus defeitos, não os esteja amando de forma adequada. Aí paro e penso: aí está o amor, em querer que eles sejam felizes.
Fica a questão e o desabafo.

Eu me rendo! Eu me rendo!


Depois de muita resistência e pouco dinheiro entrei finalmente para a era das máquinas digitais. Confesso que por ser filha e irmã de fotógrafos nunca tive muito apreço por fotografar, mas peguei essa mania de querer tirar fotos em todos os lugares depois da insistência de muitas amigas boas fotógrafas!

Continuo sendo uma negação na arte do enquadramento. Não sei se há muita luz, pouca luz, se o tamanho da imagem é bom, e ISO continua sendo pra mim aquele certificado de qualidade. Entretanto com uma longa viagem programada pela frente, tenho 6 meses para aprender a mexer nesse meu novo bichinho de estimação que ganhou o nome de Adelaide, a anã paraguaia (que veio de Nova Iorque, diga se de passagem).

Segue Nina (o atual bicho de estimação que vai ficar enciumado) clicada por Adelaide!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Frase do dia

No clima do dia dos Namorados.... uma frase me ensinada por Lu Faissal, uma queridíssima amiga:

"A mulher mais feliz é a namorada do Saci. Pois se ela leva um pé na bunda, quem cai é ele"

Feliz Dia dos Namorados!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Conselho dado por uma amiga:

"Na hora de escolher um namorado, pense bem se ele vai ser um bom ex namorado."

domingo, 10 de junho de 2007


Conversa de Botas Batidas

Ontem fui assistir ao último show dos Los Hermanos. Desde que li no jornal a notícia de que eles iam entrar em "recesso por tempo indeterminado" tive uma sensação de tristeza muito forte. Camelo, Amarante, Medina e Barba foram, nos últimos 3 anos a trilha sonora mais sinificativa da minha vida. Pra cada momento de tristeza, alegria ou confusão se encaixava uma música deles. Tudo começou em 2004 quando começei a conhecer esses barbudos. O namorado da época e a melhor amiga gostavam muito e eu começei a ver que as letras cabiam perfeitamente num coração apaixonado, num momento de tristeza, numa busca ... De repente o término e todas as músicas passavam a caber de alguma maneira. Primeiro

"adeus você eu hoje vou pro lado de lá, eu to levando tudo de mim que pra não ter razão pra chorar. Levanta e te sustenta e pensa que eu fui pro meu lugar..."

Depois dois barcos com "Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar"

Essa música específicamente me toca profundamente... assim como algumas outras, principalmente as do MArcelo Camelo . Sei que muitos preferem o Amarante, mas não sei, a sensação que eu tenho é que o Camelo conhece tudo o que eu sinto, assim como Chico, e entra na minha alma profundamente.
Depois do término quando a gente se encontra meio perdido, sem saber o que vai ser do futuro, a melhor amiga chega pra mim e diz: "Tem uma música que é a sua cara!!Olha!" E escreve: "Moça olha só o que escrevi
É preciso força pra sonhar
E perceber
Que a estrada vai além do que se Vê"

Mais uma vez, Los Hermanos! E essa passou a ser uma das minhas frases preferidas pros momentos de angústia, solidão e desnânimo.
Posso até dizer que foi a trilha sonora e a presença deles que embalou um dos momentos mais importantes da minha vida.

"Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços castos
Cobre a culpa vã até amanhã eu vou ficar
E fazer da nossa voz uma só nota"

O show de janeiro de 2006 foi muito importante e significativo. Fui conhecê - los ao mesmo tempo que estava conhecendo muitas coisas novas na vida.
E aí se seguem muitas outras músicas e momentos importantes na minha vida e história com os hermanos. Posso dizer que eles marcaram o morrer, o luto e o meu renascer pra uma nova vida.
Se eles voltam? Não sei...realmente espero que sim, mas enquanto isso aproveito as mensagens, as letras, as melodias e principalmente os sentimentos que eles fazem nascer, crescer e reviver em mim.

"Deixa ser como será tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar."

Segue a letra de despedida mais forte ontem no show:

Conversa de Botas batidas
Marcelo Camelo

- Veja você onde é que o barco foi desaguar
- A gente só queria um amor
- Deus parece às vezes se esquecer
- Ai, não fala isso por favor
Esse é so o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho
Prepara uma avenida
Que a gente vai passar
- Veja você, quando é que tudo foi desabar
- A gente corre pra se esconder
E se amar se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar
Refrão
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar
Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem
Refrão
Diz quem é maior
Que o amor
Me abraça forte agora
Que é chegada a nossa hora
Vem vamos além
Vão dizer
Que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela
Vai cair

domingo, 3 de junho de 2007

Crítica Musical Buarquiana

O show de Chico Buarque e Mônica Salmaso na quinta feira no circo voador foi um dos momentos mais felizes da minha semana e me mostrou um fenômeno muito instigante: a quantidade de jovens que são alucinadas pelo compositor e intérprete! A histeria feminina era geral (o que realmente não é de se surpreender), mas o bonito de se ver era aquela multidão toda ali em pé, com mais uo menos 20 anos de idade cantando todoas as músicas do repertório buarquiano. Foi um show emocionante! Mônica salmaso, uma das maiores cantoras da atualizade, na minha opinião, não fez por menos e emocionou a platéia cantando músicas de Chico, como "Olha MAria" que parece ter sido feita especialmente para ela. Uma voz de anjo, graves e agudos sensacionais. Enfim,o encontro desses dois monstros foi realmente algo difícil de se esquecer. As bandas que acompanhava os dois deram shows a parte, especialmente Teco Cardoso (flautista que acompanha monica) e Jorge Helder (o baixista que acompanha Chico).
Acredito que tanto Chico como a Banda, isso pude comprovar depois pela fala dos próprios, ficaram surpresos e emocionados com esse show tão intenso, que eles acreditam ter sido o melhor da turnê . Tão cedo não teremos um show desse grande ídolo da MPB, mas Mõnica estará aí fazendo um show de graça no auditório do BNDES.
Segue a letra da música que mais empolgou a multidão que assistia Chico:


Chico Buarque - Deixe A Menina Chico Buarque
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido
A moça é capaz de se aborrecer
Por trás de um homem triste
Há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher
Mil homens, sempre tão gentis
Por isso, para o seu bem
Ou tire ela da cabeça
Ou mereça a moça que você tem
Não sei se é pra ficar exultante
Meu querido rapaz
Mas aqui ninguém
O agüenta mais
São três horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São seis horas, o samba tá quente
Deixe a morena com a gente
Deixe a menina sambar em paz

terça-feira, 29 de maio de 2007

Martha Medeiros

Como alguns de vocês sabem, eu adoro a Marta Medeiros. No domingo que passou, a sua coluna falava sobre homens e mulheres, as diferenças de pensamento, de vida; sem ter nenhuma conotação feminista. Acho que vale muito apena ser lido! me identifico muito com o tipo de mulher que ela descreveu.

http://www.experimenteoglobo.com.br/flip/index.php?idEdicao=9890fa084c55b64be3ecf66fbce292dd&idCaderno=f48ff2eca67c619c597991431d475daf&page2go=24&idMateria=8&origem=

Leiam!!
E comentem!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Desaparecimento das memórias

Tenho reparado ultimamente no fehcamento de muitos lugares na nossa cidade. Bares, restaurantes, boites, lojas e prédios demolidos. Sim, parece ser o curso natural da vida, se acredita -se que tudo nasce, cresce e morre, ou seja, tudo tem um fim, nada é eterno. Prédios são demolidos para darem lugar a outros´prédios, restaurantes fecham para darem lugar a outros restaurantes e assim se vai. Não, esse não é um post anti modernista que não se conforma com a demolição de pequenos prédios para darem lugar a espgões ou restaurantes tradicionais que viram pizzarias.
Esse é um post nostálgico. Nostálgico porque a cada vez que passo por um lugar conhecido que fechou ou que está sendo demolido, me lembro dos momentos que vivi ali, das lembranças que tenho relacionadas àquele lugar.
Tudo isso me veio a mente hoje, quando passava de taxi pelo Shennanigan´s da barra que, não sabia eu, estava sendo demolido. Foi muito triste lembrar das vezes que estive lá e pensar que esse lugar simplesmente não vai mais existir. E aí me vieram a mente tantos outros lugares significativos que deixaram de existir e vários momentos que passei neles. Comemorei um aniversário e tantos chopps no Caneco 70, fui á milhares de festas no Skipper, na milkonos, vogue, wells fargo; fugi de casa pra ir no Pizza Hut (onde hoje é Mc Donald´s do baixo leblon); tive muitas, muitas e muitas conversas importantes no Ataulfo (minha maior perda do momento!). O Ataulfo significou muito pra mim . Com alguns amigos aquele era o reduto dos lanches da tarde, do sorvetes e de conversas, muitas conversas produtivas, decisivas, tristes e felizes. De repente, um dia, voltando do trabalho vejo que todos os móveis estão pra fora. No dia seguinte o lugar está vazio, no outro há um tapume enorme tapando entrada e no outro a constatação do que eu temia : tiraram a placa com o nome do restaurante, o Ataulfo realmente fechou. Mas para dar lugar a que? Um novo restaurante? Uma loja? uma agência imobiliária? Não importa, sempre vou passar por ali e dizer: " Aqui era o Ataulfo." E me lembrar do que vivi ali. Tenho medo das memórias desaparecerem junto com os lugares. Sou muito assim, vou passando pela cidade, olhando o que está a volta e deixando as memórias virem. Ás vezes acho, que sem as referências, as memórias podem "esquecer de ser lembradas", e assim ficarem láaa no fundo.
O armazém 161, na lapa, era um lugar do qual eu também gostava bastante, não existe mais! E assim se foi o Alt Muchen (restaurante preferido do meu avô) pra dar lugar a um restaurante japonês, A meli melô, lugar que também ocupa espaço em lembranças boas, (que já mudou tanto de nome que eu nem sei mais o que ela é); e tantos outros.
Será isso um vício nostálgico? Ou somente uma saudade normal e constatação de que o tempo passa e coisas vão ficando pra tráz?
Vou sentir muita falta do Ataulfo!

domingo, 20 de maio de 2007

Way back...

Haley Bennett - Way Back In To Love

I've been living with a shadow overhead
I've been sleeping with a cloud above my bed
I've been lonely for so long
Trapped in the past, I just can't seem to move on
I've been hiding all my hopes and dreams away
Just in case I ever need em again someday
I've been setting aside time
To clear a little space in the corners of my mind
All I want to do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love
Oh oh oh

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Sonhos, pesadelos e um pouco de psicanálise

A relação que eu tenho com os sonhos é muito forte desde pequena. Sempre tentei entender, analisar, mas mesmo quando não conseguia ficava a forte sensação de que o sonhado tinha acontecido, de que tinha estado com a pessoa realmente.
Ainda sinto isso fortemente, hoje tenho a maior possibilidade de entender explicar, pra mim mesma os sonhos apesar de ficarem alguns buracos.
Segundo Freud (como já disse a vocês, meu companheiro fiel nos últimos tempos), os sonhos são uma manifestação do ID uma instância de nossa personalidade que é feita só de impulsos e desejos e que é inconsciente. O ID, segundo Freud é feito somente de imagens, não há linguagem presente; os diálogos que nós temos a sensaçao de ter nos nossos sonhos são fruto da organização do Ego (a instância da personalidade que faz a conexão com o real).
Bom, então quer dizer que não há diálogos? que não falamos nos sonhos aquilo que temos certeza de ter falado? Segundo nosso querido Sigmund, não.
Estou conhecendo Freud a fundo faz pouco tempo, não posso ainda dizer se sou psicanalítica ou não, mas não descordo de muitas coisas que ele diz, acho que muito faz sentido.
Mas voltando ao sonhos... não consigo entender essa parte de que não há diálogo e que é tudo fruto da nossa organização para tentar fazer aquele sonho ter sentido.
Essa noite tive um sonho muito forte, como a maioria dos que eu tenho, fui lembrando ao longo da manhã e tive umas sensações estranhas que não consigo ainda explicar. Estranho isso, não? Já tive pesadelos horríveis que me deixaram com angústias enormes e não me deixaram dormir denovo, já tive sonhos lindos que me deixaram arrasada por perceber,quando acordei, que era tudo um sonho. Mas o que mais me acontece são sonhos estranhos que vão me mostrando algumas coisas que eu quero na vida e que realmente não tenho como colocar pra fora. Essa noite sonhei que era mãe, uma menina linda nos meus braços. Ainda não sabia se ia colocar nela o nome de cecília ou Ana Luiza. Sonho sempre que tenho uma menina. Acordei com a sensação enorme de ter sido mãe e o desejo ainda maior de ter isso na minha vida, um dia.
Acho que vou comprar o livro dos sonhos, de Freud.

terça-feira, 15 de maio de 2007

"Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos"

Sobre o poder (e dever) de decidir

Quando a gente é criança não precisamos e nem podemos decidir nada. Se estamos doente a mãe manda ficar em casa, se estamos bem vamos pra escola. Não há dúvida, questionamento, angústia de decisão. Nós simplesmente não temos o poder (e o dever) de decidir.
Quando crescemos mais um pouco podemos decidir nossos amigos, se queremos ou não comer brócolis, alfaçe, feijão, se vamos ou não vamos à praia... Lá pelos 17 anos temos o dever de decidir que carreira seguir, em que faculdade queremos estudar e aí já começa a grande angústia do poder e do dever de decidir. Uma vez ouvi que na escolha sempre abdicamos de alguma coisa. Sim, escolhemos uma em detrimento de outra, sempre deixamos alguma coisa pra trás. Daí deve vir a angústia de ter que decidir alguma coisa.
Se quando crianças nos sentíamos confortáveis, protegidos e acomodados por não ter de decidir nada, quando adolescentes ficamos extremamente irritados de não poder decidir a hora de chegar em casa . Já na fase adulta se pede pelo amor de Deus para que alguém possa decidir por nós: se estamos doentes o suficiente para faltar o trabalho, se a oportunidade a frente vale apena, se vamos sair na sexta a noite tendo que acordar cedo no sábado de manhã, e no caso específico das mulheres se vamos usar aquela roupa mais comportada pra causar boa impressão de menina boazinha e correta ou o vestido mais ousado de mulher decidida e bem resolvida.
Eu nunca fui boa de tomar deciões. Desde pequena sofria com isso. Se tinha a oportunidade de viajar com uma amiga não sabia se ia pois sentia saudades de casa e dos pais. Meus pais nunca decidiam por mim. Nunca fui boa de terminar relacionamentos pois sempre tinha medo do que ia estar perdendo e se estava decidindo a coisa certa. A única vez que tive esse poder de decisão, me arrependi amargamente (e me arrependo até hoje).
Quando acordo meio doente fico me lembrando de como era bom quando eu podia e devia ficar em casa e não ir pra escola porque mamãe não deixou. Como era bom quando não queríamos ir em alguma festa e mamãe não deixava ( assim não precisávamos desagradar os amigos, não tínhamos decidido nada!).
Não nego a satisfação de poder escolher meu próprio caminho, de ver as resultantes boas e ruins das minhas escolhas e poder contar com isso para as próximas, de poder mudar de caminho na hora que bem entender e de ser livre. No entando, acho difícil lidar com o fato de que só eu sou responsável pelas minhas escolhas e suas consequências. Acho difícil decidir sozinha , apesar de saber que não ha ninugém que possa ou deva escolher por mim. AO mesmo tempo sinto prazer em sentar comigo mesma, tomar um café e poder pensar livremente sobre a escolha que devo fazer.
Mesmo assim, ainda sinto saudades de ser criança.

sábado, 12 de maio de 2007

Na Sua estante...

Na Sua Estante

Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar, ao menos mande notícias
'Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar a minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar

*Pitty

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Mocinhões e Vilaninhos Reais

Tenho ainda a tendência muito ruim de acabar classificando as pessoas entre boas e más. Acho que é um resquício de infância, quando via em todoas as novelas os vilões e os mocinhos todos com características bem marcadas pra que não pudéssemos confundir. Até as gêmeas eram uma boa e outra má. Hoje em dia algumas novelas mudaram. Mocinhas podem ter alguns defeitos, vilões podem ser perfeitamente humanizados (salve Manoel Carlos) e as vezes podemos entender vilões e achar mocinhas extremamente chatas.
Eu continuo com a tal dificuldade de entender que pessoas podem ter defeitos horríveis, nos fazer males enormes e por outro lado serem simpáticas, divertidas e boas companias por alguns momentos. Alguns chamariam isso de falsidade, eu começo a perceber que as pessoas são formadas de diversas dimensões e que julgá las por uma só dessas dimensões pode nos confundir enormemente.
Tamanha a minha confusão, posso até dizer que a falsidade ou a falta de noção do mal causado, podem trazer situações confortáveis se o convívio é diário e intenso. Imagina o quão seria em um ambiente de trabalho se houvesse um desentendimento e o mal estar entre os funcionários continuasse? Melhor que se abstraia, ou como diria Freud (meu companheiro intenso nesses dias) sublimar o sentimento e deixar a alegria e a diversão tomarem conta,mesmo que seja por alguns momentos.
Mesmo assim, ainda não consigo entender como pessoas às vezes podem causar tristezas e revoltas e não se darem conta disso. Será que só eu faço exame de consciência? Será que são poucos que pensam nos seus atos? Isso ainda me intriga.
Como falei em posts anteriores, ainda sou daquelas que acredita que a maioria das pessoas é boa e que há alguns vilões querendo atrapalhar a nossa felicidade e dos quais devemos nos afastar.
Infelizmente não é assim... mocinhos podem se transformar em vilões e vice e versa e nós nem percebermos isso. Ou então é apensas uma questão de olhar, de dimensão.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Não ando só, só ando em boa compania

Algumas coisas tem seu sentido mudado quando dizemos que vamos fazê - la sozinho. Ir ao cinema sozinho pode lhe dar o título de esquisito, anti - social.Ir à praia sozinho pode fazer você parecer zen e pensativo aos olhos dos outros. Normalmente o lazer é algo que não se faz sozinho. Porque alguém não tem o direito de se divertir sim, com sua prória compania?
Por outro lado quando nos sentimos sozinhos, terminamos um relacionamento, quando um filho viaja e temos a sensação de que não vamos conseguir sozinhos há sempre alguém a dizer : " meu filho nós nascemos sozinhos e morremos sozinhos, é lógico que somos capazes de fazer qualquer coisa sem depender de alguém". Eu posso dizer que já ouvi essa frase algumas vezes e que ela me tocou profundamente. Entretanto tenho ouvido também de diversas pessoas que sou muito corajosa por resolver viajar e passar 1 mês sozinha conhecendo lugares novos, pessoas diferentes, vivendo experiências inéditas. Ora, o corajosa aí pode ter 2 sentidos. Vejamos:
Por um lado a pessoa pensa: nossa... que coragem num sentido negativo do tipo que "não queria isso pra mim". Por outro ela pode pensa: que coragem no sentido positivo, mas nem tanto, pois está querendo dizer "gostaria muito de ter essa coragem de sair por aí".
Bom, não sei se é realmente uma questão de coragem mesmo, tenho até ficado feliz de ouvir de tantas pessoas que sou corajosa! Ora, logo eu, corajosa! ahahaha Nunca pensei que esse fosse um adjetivo que pudesse ser creditado a mim. Mas como dizia, não sei se é uma questão de coragem ou se é uma necessidade interna, algo que precisa acontecer. As vezes tenho medo sim, e daí me vem a felicidade de pensar que sim,sou uma mulher corajosa. Outras penso que não´há nada mais natural do que viajar sozinha, afinal de contas saímos pra trabalhar sozinhos, pegamos ônibus sozinhos, andamos até o ponto, vamos ao banco, ao supermercado, escrevemos. E alguns podem me dizer " mas viajando você vai ver coisas diferentes, bonitas, surepeendentes e vai querer comentar com alguém". E eu logo respondo: " E todos os dias quando andamos de Ônibus, vamos trabalhar, andamos até o ponto, vamos ao banco, ao supermercado; não vemos coisas bonitas, diferentes e interessantes?
Sim! E por que não fazer tudo isso em outra cidade, em outro país? Temos ainda o incentivo de termos muito mais o que descobrir, afinal tudo é novo! Dá mais ânimo, mais coragem e talvez até mais vontade de estar sozinho e poder descobrir por seus próprios olhos, e só por eles, coisas antes nunca vistas! Se eu vou querer comentar com alguém? Pra que servem os diários de bordo, os blogs, e até mesmo a nossa própria consciência?
Nunca fui ao cinema sozinha. Talvez depois dessa experiência, na volta, possa ir.
Ouvi há muito tempo em uma palestra, o depoimento de uma amiga que tinha viajado pra Londres e que saía sempre sozinha pra passear. Ela dizia que nunca estava sozinha, que estava sempre de mãos dadas com Deus e que comentava tudo com ele. Nunca esqueci essa imagem, vou levá - la comigo com certeza! Crédulos ou não, deve ser esse o espírito de viajar sozinha!
E rumo ao desconhecido!

The fool on the hill

Estou com essa música dos beatles na cabeça há dias! É linda e a melodia é de uma simplicidade... que emociona! baixem!

The Beatles - Fool On The Hill

Day after day, alone on the hill,
The man with the foolish grin is keeping perfectly
still.
But nobody wants to know him,
They can see that he's just a fool.
And he never gives an answer .....
But the fool on the hill,
Sees the sun going down.
And the eyes in his head,
See the world spinning around.
Well on the way, head in a cloud,
The man of a thousand voices, talking perfectly loud.
But nobody ever hears him,
Or the sound he appears to make.
And he never seems to notice .....
But the fool on the hill,
Sees the sun going down.
And the eyes in his head,
See the world spinning around.
And nobody seems to like him,
They can tell what he wants to do.
And he never shows his feelings,
But the fool on the hill,
Sees the sun going down.
And the eyes in his head,
See the world spinning around.
He never listens to them,
He knows that they're the fool,
They don't like him...
The fool on the hill,
Sees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around.

sábado, 5 de maio de 2007

...

Enquanto tomo banho sempre planejo atividades super produtivas pra depois dele: ler um texto, tocar piano, assistir a um bom filme, fazer o trabalho que faltava... acabo sempre no computado, no msn, no orkut e afins.

Day after day

Impressionante ver como a presença de certas pessoas e alguns pequenos acontecimentos são capazes de mudar um dia que tinha tudo pra dar errado. Se achar em uma situação sem saída, num momento de trizteza, num local que antes era familiar e agora me parece estranho total. De repente, o simples olhar e carinho de pessoas especiais, que nesse momento afloram como mais especiais ainda, são capazes de mudar todo o roteiro do dia que parecia estar predestinado.
É, me achava num beco sem saída, numa desilusão total com o ser humando e com a sua capacidade de ser bom, despretencioso e verdadeiro.
De repente descubro que não sou tão fraca assim quanto eu pensava, e que também nem dói tanto quanto eu achava que estava doendo, eu simplesmente me recusava a acreditar que a realidade estampada era normal,que o ser humano é realmente capaz disso. Infelizmente a gente aprende a jogar o jogo do contente, a se dobrar ao que não achamos correto, infelizmente temos que ir , muitas vezes, contra nossos ideais .
Num primeiro momento desespera, revolta e dá vontade de gritar para o mundo inteiro do que uma pessoa é capaz! Dá vontade de ouvir de todos os que estão a nossa volta que aquilo é realmente surpreendente e condenável, já que nós estamos perdidos em meio ao estupefato e a desilusão. Precisamos então do outro amigo e confiável pra entendermos bem a situação!
O bom de tudo isso é crescer, ir ganhando armas (mesmo que essas não sejam as que sempre sonhamos e idealizamos) pra sobreviver e máscaras para poder continuar no "mundo adulto" mesmo que seja por um objetivo maior, . Difícil isso, não? Essa vida de adulto? É... mas isso é outro assunto... fica pro próximo post!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Párem o mundo que eu quero descer...

Estranho e desolador se perceber um grão de areia no meio do deserto, uma gota no meio do oceano... Perceber que a gente se esforça, luta e quer sempre fazer o bem enquanto outras pessoas não precisam mover uma palha pra destruir em um segundo aquilo que a gente achava do mundo. Acreditar nas pessoas é tão fácil... o desacreditar acontece em um segundo, o reacreditar pode levar uma vida inteira. Uma pessoa as vezes pode levar em si o peso de uma multidão. Difícil saber se devemos levar a vida com a beleza e ingenuidade de uma criança ou se já levantamos da cama com os dois pés atrás. Eu fui uma que sempre escolhi a primeira opção... fui perdendo, perdendo perdendo... e acabo de perder mais uma vez a confiança na humanidade... Como pode haver tanto mal caratismo assim com a gente mesmo? Não é no jornal, na televisão, na novela... é aqui, na vida real.
É, engolir sapos faz parte da vida adulta, da vida do trabalho. Era mais bonito e mais feliz quando mesmo me decepcionando com o ser humano, continuava confiando nele da mesma maneira, como se um dia apagasse o anterior.
É, talvez crecer seja aprender a lidar com essas frustraçãoes e decepções que a vida nos oferece... a gente vai aprendendo, criando rugas, calos e um monte de buraquinhos no coração...
Queria que ele voltasse a ser liso, como era antes... queria que um dia apagasse o outro... queria continuar acreditando.

Não sei se é truque banal...

Desde o início da adolescência escrevia diários, aqueles livros serviam pra colocar pra fora um pouco da angústia e dor do crescimento, dos amores não correspondidos, das experiências e sensações que eu não entendia... Engraçado como eles sempre eram dirigidos pra alguém, e o alguém era sempre o pierrot da vez. Logicamete um amor não correspondido. Como não podia dizer a ele escrevia, em forma de cartas o que sentia a enorme necessidade de colocar pra fora. Dizia sempre que pretendia entregar a eles no final de tudo. Acabava nunca entregando... graças ao destino, preservei todos - 4 escritos e um ainda em processo- comigo.
Sempre gostei de escrever cartões, textos, homenagens, textos acadêmicos mas acho que o que sempre mais me cativou foi a possibilidade de colocar no papel tudo aquilo que eu sentia sem se interrompida por ninguém. Sempre preferi as cartas as discussões, um pedido de desculpas por email a uma conversa num bar e atualmente me parece que as coisas foram ficando bem mais fáceis pela internet.
Começaram a aparecer várias pessoas amigas criando blogs, partilhando seus sentimentos, expondo suas descobertas e mostrando seus dotes literários. Não sei se é um truque banal, um invisível cordão, como escreveu meu grande poeta, mas a bailarina que aqui vos escreve vai tentar chegar ao final da corda bamba porque a banda tocou um samba pra ela sambar! Ah coitada da bailarina! Quando achava que estava pretes a atravessar com segurança e equilíbrio a corda bamba, a banda começa a tocar outra música, um samba! O samba enternece seu ouvido, lhe dá uma vontade enorme de começar a sambar... mas como sambar,lá de cima numa corda bamba?? É isso que vamos tentar descobrir por aqui... vamos caminhando pela corda bamba no samba, na valsa, no rock e no erudito e torcemos por chegar ao final da corda não mais como uma simples bailarina...
A corda bamba da vida está aí pra gente atravessar, enfrentando medos, angústias e as perguntas que ela mesma nos faz! Vamos responder e dar a cada dia um passo novo rumo ao outro lado!