Vive enclausurado
Enjaulado, limitado.
Vive fazendo força pra sair pelo mundo
Tomar seu rumo
Ir lá no fundo
buscar o que é seu.
Quer cruzar espaços
Sair do laço
Encontrar seu abraço.
Ora consegue fugir
Ora consegue sair
E como menino travesso
Enche o peito de cor
Transborda os olhos sem se opor.
Menino travesso
Volte já pro seu assossego
Rumo ao quarto, menino levado
Que o tempo é de espera
E a sua quimera ainda não é hora certa.
Tem paciência rapaz pequenino
Quem um dia chega o tempo
Em que te dou a chave da vida
Em que te deixo sair pela esquina
Em que te deixo cruzar o oceano.
Sem tempestade, não faça alarde.
Que tens de sair de mansinho
Como aquele que dorme no ninho
Como quem não acorda o vizinho.
Sossega que os olhos hão de encher devagarinho
E que o peito há de se abrir como janela em dia de sol
Pra se encher de cor
Pra que possas enfim dar todo o seu amor.
espaço do equilibrista para pensar, refletir e atravessar a corda, que nunca termina, sempre se transforma.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Gosto das cores e dos traços leves de Monet e Chagall. Suas cores azuis e esverdeadas acalmam as cores quentes e fortes que se debatem dentro de mim dia e noite.
O romantismo de Chagall me leva a lugares sempre sonhados e quase nunca alcançados. Talvez um dia, mas esse era um mero sonho inconcluído.
Monet parece passar pela vida com a tranquilidade de quem sabe que tudo vai dar certo no final. Vivendo um dia de cada vez, pintando a cada hora do dia com uma cor diferente.
Sobra neles o que talvez falte em mim. Cores largas, tintas leves.
Meu corpo é pesado, minha alma quente e estreita.
O romantismo de Chagall me leva a lugares sempre sonhados e quase nunca alcançados. Talvez um dia, mas esse era um mero sonho inconcluído.
Monet parece passar pela vida com a tranquilidade de quem sabe que tudo vai dar certo no final. Vivendo um dia de cada vez, pintando a cada hora do dia com uma cor diferente.
Sobra neles o que talvez falte em mim. Cores largas, tintas leves.
Meu corpo é pesado, minha alma quente e estreita.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Desdependência
Como pode
músculo que pulsa
pro corpo respirar
desatinar feito crina
disparar feito cavalgada?
Como pode músculo que respira
se distrair com o vento
sair feito um doido
pairar feito um anjo?
Como pode músculo que é vida
de repente se cria
Num instante se recria
Num minuto reverbera?
Como pode
Horas sim outras também
Saltitar como menino
Rodopiar feito peão
esquecendo que é mesmo um coração?
Como pode se deixar assim
Se alargar sem fim
Se desdepenender de mim?
músculo que pulsa
pro corpo respirar
desatinar feito crina
disparar feito cavalgada?
Como pode músculo que respira
se distrair com o vento
sair feito um doido
pairar feito um anjo?
Como pode músculo que é vida
de repente se cria
Num instante se recria
Num minuto reverbera?
Como pode
Horas sim outras também
Saltitar como menino
Rodopiar feito peão
esquecendo que é mesmo um coração?
Como pode se deixar assim
Se alargar sem fim
Se desdepenender de mim?
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Sempre
Às vezes bate,
Às vezes espera
Às vezes leve
Num instante acelera.
às vezes passo
as vezes calmo
às vezes pranto
às vezes falto
ás vezes vibra
às vezes seca
às vezes cansa
num minuto se encerra.
às vezes isso
às vezes nunca
às vezes sinto
às vezes surda
às vezes esqueço,
por vezes, adormeço.
Às vezes espera
Às vezes leve
Num instante acelera.
às vezes passo
as vezes calmo
às vezes pranto
às vezes falto
ás vezes vibra
às vezes seca
às vezes cansa
num minuto se encerra.
às vezes isso
às vezes nunca
às vezes sinto
às vezes surda
às vezes esqueço,
por vezes, adormeço.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Olhos sorrisos
O espaço sentido
Riacho percorrido
Riso acometido
Riso acometido
O chão que se foge
Esperança de norte
Sem amor escondido
Os olhos que brilham
de leve cintilam
o que o corpo padece
É com os olhos cerrados
Com o corpo comprido
Com os passos erguidos
Que canto no dia
O sonho não dantes vivido.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Acaso
Do acaso fez se o espaço
Radiante no abraço
Milhares de setas rumo ao laço.
Do acaso fez -se um instante
Puro e inebriante
Soberbo e borbulhante.
Radiante no abraço
Milhares de setas rumo ao laço.
Do acaso fez -se um instante
Puro e inebriante
Soberbo e borbulhante.
Devaneios
Me encontro num mundo
onde os pés pairam acima do chão
Onde o sorriso se abre antes que se chegue ao não
Onde o peito explode de imensidão
Onde a alma inebria sem dor nem vão.
Me encontro num mundo
Acima do norte
Por debaixo da sorte
Sem astro, sem morte.
Me encontro num mundo
Onde lágrimas são flores
Sorrisos são amores
Espaços são multicolores
Me encontro num mundo assim
Sem mais nem porquê
Sem aspas nem laquê
Me e encontro assim
Borbulho sem fim
Mais que inteiro
E digo sim.
onde os pés pairam acima do chão
Onde o sorriso se abre antes que se chegue ao não
Onde o peito explode de imensidão
Onde a alma inebria sem dor nem vão.
Me encontro num mundo
Acima do norte
Por debaixo da sorte
Sem astro, sem morte.
Me encontro num mundo
Onde lágrimas são flores
Sorrisos são amores
Espaços são multicolores
Me encontro num mundo assim
Sem mais nem porquê
Sem aspas nem laquê
Me e encontro assim
Borbulho sem fim
Mais que inteiro
E digo sim.
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