Não, não quero carnaval
Minha alma passou do portal.
Não vivo alegria fatal
Me encolho no inverno
Na dor desigual.
Não me espalho como coisa banal
Me recolho com meus cacos
Me despedindo daquilo que foi carnal.
A carne sangra como busca vital
O sangue jorra pela pele
Derramado como a pá de cal.
Não, não quero carnaval
Minha alma passou do ponto
Minha tristeza se recolhe num canto.
Sou pequena, sou murcha
Sem flor, sem cor, sem amor.
Quero meu canto, meu pranto
Quero descanso pra alma que perdeu seu carnaval.
espaço do equilibrista para pensar, refletir e atravessar a corda, que nunca termina, sempre se transforma.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Espera que passa
Espera que passa, menina.
Menina não quer esperar
Não tem tempo a aguardar
Não há esperar pra se guardar.
Menina, seu tempo já foi
Menina dos olhos que já não se vê
Menina que no tempo não crê.
Espera, menina, que passa
O tempo cura e o mal arrasta
Menina que o tempo não esparsa
Menina que o tempo não abraça.
Espera menina, tudo passa.
Na espera o corpo se esgarça
De tanta espera, já não é mais menina
Da esgarça, a alma se finda.
Menina não quer esperar
Não tem tempo a aguardar
Não há esperar pra se guardar.
Menina, seu tempo já foi
Menina dos olhos que já não se vê
Menina que no tempo não crê.
Espera, menina, que passa
O tempo cura e o mal arrasta
Menina que o tempo não esparsa
Menina que o tempo não abraça.
Espera menina, tudo passa.
Na espera o corpo se esgarça
De tanta espera, já não é mais menina
Da esgarça, a alma se finda.
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