Queria que lá fora
Chovesse como aqui dentro
Queria que pudesse embora assim
Deixar de morrer por dentro
Queria as forças do poço
Da mola que pulsa lá dentro
Queria da gota da chuva
Um pouco do passo que é lento
Queria do sono profundo
Acordar em novo invento
Queria do inverno soturno
Acordar em verão turbulento.
espaço do equilibrista para pensar, refletir e atravessar a corda, que nunca termina, sempre se transforma.
sábado, 16 de agosto de 2014
Dias
Tem dias que chove
No fundo, no lado de dentro
Tem dias que nem se move
Profundo, intenso lamento.
Nesses dias se entope
E não há quem prove
Que há vida cá dentro.
Há dias nem mundo remove
Insiste e não se recolhe
Do infinito e mais puro tormento.
No fundo, no lado de dentro
Tem dias que nem se move
Profundo, intenso lamento.
Nesses dias se entope
E não há quem prove
Que há vida cá dentro.
Há dias nem mundo remove
Insiste e não se recolhe
Do infinito e mais puro tormento.
domingo, 10 de agosto de 2014
Fora de hora
Encurralada num canto
Atrás do sofá
Debaixo do pano
Esmagado coração
Coloca as botinas
Se estremece no chão
Abre-se a porta de fora
Fecha-se o espaço de dentro
Adentra o mundo lá fora
Finda-se o dito lamento.
Mundo não escolhe hora
Não bate na porta
E sai eu sem demora.
Atrás do sofá
Debaixo do pano
Esmagado coração
Coloca as botinas
Se estremece no chão
Abre-se a porta de fora
Fecha-se o espaço de dentro
Adentra o mundo lá fora
Finda-se o dito lamento.
Mundo não escolhe hora
Não bate na porta
E sai eu sem demora.
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