terça-feira, 29 de maio de 2007

Martha Medeiros

Como alguns de vocês sabem, eu adoro a Marta Medeiros. No domingo que passou, a sua coluna falava sobre homens e mulheres, as diferenças de pensamento, de vida; sem ter nenhuma conotação feminista. Acho que vale muito apena ser lido! me identifico muito com o tipo de mulher que ela descreveu.

http://www.experimenteoglobo.com.br/flip/index.php?idEdicao=9890fa084c55b64be3ecf66fbce292dd&idCaderno=f48ff2eca67c619c597991431d475daf&page2go=24&idMateria=8&origem=

Leiam!!
E comentem!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Desaparecimento das memórias

Tenho reparado ultimamente no fehcamento de muitos lugares na nossa cidade. Bares, restaurantes, boites, lojas e prédios demolidos. Sim, parece ser o curso natural da vida, se acredita -se que tudo nasce, cresce e morre, ou seja, tudo tem um fim, nada é eterno. Prédios são demolidos para darem lugar a outros´prédios, restaurantes fecham para darem lugar a outros restaurantes e assim se vai. Não, esse não é um post anti modernista que não se conforma com a demolição de pequenos prédios para darem lugar a espgões ou restaurantes tradicionais que viram pizzarias.
Esse é um post nostálgico. Nostálgico porque a cada vez que passo por um lugar conhecido que fechou ou que está sendo demolido, me lembro dos momentos que vivi ali, das lembranças que tenho relacionadas àquele lugar.
Tudo isso me veio a mente hoje, quando passava de taxi pelo Shennanigan´s da barra que, não sabia eu, estava sendo demolido. Foi muito triste lembrar das vezes que estive lá e pensar que esse lugar simplesmente não vai mais existir. E aí me vieram a mente tantos outros lugares significativos que deixaram de existir e vários momentos que passei neles. Comemorei um aniversário e tantos chopps no Caneco 70, fui á milhares de festas no Skipper, na milkonos, vogue, wells fargo; fugi de casa pra ir no Pizza Hut (onde hoje é Mc Donald´s do baixo leblon); tive muitas, muitas e muitas conversas importantes no Ataulfo (minha maior perda do momento!). O Ataulfo significou muito pra mim . Com alguns amigos aquele era o reduto dos lanches da tarde, do sorvetes e de conversas, muitas conversas produtivas, decisivas, tristes e felizes. De repente, um dia, voltando do trabalho vejo que todos os móveis estão pra fora. No dia seguinte o lugar está vazio, no outro há um tapume enorme tapando entrada e no outro a constatação do que eu temia : tiraram a placa com o nome do restaurante, o Ataulfo realmente fechou. Mas para dar lugar a que? Um novo restaurante? Uma loja? uma agência imobiliária? Não importa, sempre vou passar por ali e dizer: " Aqui era o Ataulfo." E me lembrar do que vivi ali. Tenho medo das memórias desaparecerem junto com os lugares. Sou muito assim, vou passando pela cidade, olhando o que está a volta e deixando as memórias virem. Ás vezes acho, que sem as referências, as memórias podem "esquecer de ser lembradas", e assim ficarem láaa no fundo.
O armazém 161, na lapa, era um lugar do qual eu também gostava bastante, não existe mais! E assim se foi o Alt Muchen (restaurante preferido do meu avô) pra dar lugar a um restaurante japonês, A meli melô, lugar que também ocupa espaço em lembranças boas, (que já mudou tanto de nome que eu nem sei mais o que ela é); e tantos outros.
Será isso um vício nostálgico? Ou somente uma saudade normal e constatação de que o tempo passa e coisas vão ficando pra tráz?
Vou sentir muita falta do Ataulfo!

domingo, 20 de maio de 2007

Way back...

Haley Bennett - Way Back In To Love

I've been living with a shadow overhead
I've been sleeping with a cloud above my bed
I've been lonely for so long
Trapped in the past, I just can't seem to move on
I've been hiding all my hopes and dreams away
Just in case I ever need em again someday
I've been setting aside time
To clear a little space in the corners of my mind
All I want to do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love
Oh oh oh

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Sonhos, pesadelos e um pouco de psicanálise

A relação que eu tenho com os sonhos é muito forte desde pequena. Sempre tentei entender, analisar, mas mesmo quando não conseguia ficava a forte sensação de que o sonhado tinha acontecido, de que tinha estado com a pessoa realmente.
Ainda sinto isso fortemente, hoje tenho a maior possibilidade de entender explicar, pra mim mesma os sonhos apesar de ficarem alguns buracos.
Segundo Freud (como já disse a vocês, meu companheiro fiel nos últimos tempos), os sonhos são uma manifestação do ID uma instância de nossa personalidade que é feita só de impulsos e desejos e que é inconsciente. O ID, segundo Freud é feito somente de imagens, não há linguagem presente; os diálogos que nós temos a sensaçao de ter nos nossos sonhos são fruto da organização do Ego (a instância da personalidade que faz a conexão com o real).
Bom, então quer dizer que não há diálogos? que não falamos nos sonhos aquilo que temos certeza de ter falado? Segundo nosso querido Sigmund, não.
Estou conhecendo Freud a fundo faz pouco tempo, não posso ainda dizer se sou psicanalítica ou não, mas não descordo de muitas coisas que ele diz, acho que muito faz sentido.
Mas voltando ao sonhos... não consigo entender essa parte de que não há diálogo e que é tudo fruto da nossa organização para tentar fazer aquele sonho ter sentido.
Essa noite tive um sonho muito forte, como a maioria dos que eu tenho, fui lembrando ao longo da manhã e tive umas sensações estranhas que não consigo ainda explicar. Estranho isso, não? Já tive pesadelos horríveis que me deixaram com angústias enormes e não me deixaram dormir denovo, já tive sonhos lindos que me deixaram arrasada por perceber,quando acordei, que era tudo um sonho. Mas o que mais me acontece são sonhos estranhos que vão me mostrando algumas coisas que eu quero na vida e que realmente não tenho como colocar pra fora. Essa noite sonhei que era mãe, uma menina linda nos meus braços. Ainda não sabia se ia colocar nela o nome de cecília ou Ana Luiza. Sonho sempre que tenho uma menina. Acordei com a sensação enorme de ter sido mãe e o desejo ainda maior de ter isso na minha vida, um dia.
Acho que vou comprar o livro dos sonhos, de Freud.

terça-feira, 15 de maio de 2007

"Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos"

Sobre o poder (e dever) de decidir

Quando a gente é criança não precisamos e nem podemos decidir nada. Se estamos doente a mãe manda ficar em casa, se estamos bem vamos pra escola. Não há dúvida, questionamento, angústia de decisão. Nós simplesmente não temos o poder (e o dever) de decidir.
Quando crescemos mais um pouco podemos decidir nossos amigos, se queremos ou não comer brócolis, alfaçe, feijão, se vamos ou não vamos à praia... Lá pelos 17 anos temos o dever de decidir que carreira seguir, em que faculdade queremos estudar e aí já começa a grande angústia do poder e do dever de decidir. Uma vez ouvi que na escolha sempre abdicamos de alguma coisa. Sim, escolhemos uma em detrimento de outra, sempre deixamos alguma coisa pra trás. Daí deve vir a angústia de ter que decidir alguma coisa.
Se quando crianças nos sentíamos confortáveis, protegidos e acomodados por não ter de decidir nada, quando adolescentes ficamos extremamente irritados de não poder decidir a hora de chegar em casa . Já na fase adulta se pede pelo amor de Deus para que alguém possa decidir por nós: se estamos doentes o suficiente para faltar o trabalho, se a oportunidade a frente vale apena, se vamos sair na sexta a noite tendo que acordar cedo no sábado de manhã, e no caso específico das mulheres se vamos usar aquela roupa mais comportada pra causar boa impressão de menina boazinha e correta ou o vestido mais ousado de mulher decidida e bem resolvida.
Eu nunca fui boa de tomar deciões. Desde pequena sofria com isso. Se tinha a oportunidade de viajar com uma amiga não sabia se ia pois sentia saudades de casa e dos pais. Meus pais nunca decidiam por mim. Nunca fui boa de terminar relacionamentos pois sempre tinha medo do que ia estar perdendo e se estava decidindo a coisa certa. A única vez que tive esse poder de decisão, me arrependi amargamente (e me arrependo até hoje).
Quando acordo meio doente fico me lembrando de como era bom quando eu podia e devia ficar em casa e não ir pra escola porque mamãe não deixou. Como era bom quando não queríamos ir em alguma festa e mamãe não deixava ( assim não precisávamos desagradar os amigos, não tínhamos decidido nada!).
Não nego a satisfação de poder escolher meu próprio caminho, de ver as resultantes boas e ruins das minhas escolhas e poder contar com isso para as próximas, de poder mudar de caminho na hora que bem entender e de ser livre. No entando, acho difícil lidar com o fato de que só eu sou responsável pelas minhas escolhas e suas consequências. Acho difícil decidir sozinha , apesar de saber que não ha ninugém que possa ou deva escolher por mim. AO mesmo tempo sinto prazer em sentar comigo mesma, tomar um café e poder pensar livremente sobre a escolha que devo fazer.
Mesmo assim, ainda sinto saudades de ser criança.

sábado, 12 de maio de 2007

Na Sua estante...

Na Sua Estante

Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar, ao menos mande notícias
'Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar a minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar

*Pitty

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Mocinhões e Vilaninhos Reais

Tenho ainda a tendência muito ruim de acabar classificando as pessoas entre boas e más. Acho que é um resquício de infância, quando via em todoas as novelas os vilões e os mocinhos todos com características bem marcadas pra que não pudéssemos confundir. Até as gêmeas eram uma boa e outra má. Hoje em dia algumas novelas mudaram. Mocinhas podem ter alguns defeitos, vilões podem ser perfeitamente humanizados (salve Manoel Carlos) e as vezes podemos entender vilões e achar mocinhas extremamente chatas.
Eu continuo com a tal dificuldade de entender que pessoas podem ter defeitos horríveis, nos fazer males enormes e por outro lado serem simpáticas, divertidas e boas companias por alguns momentos. Alguns chamariam isso de falsidade, eu começo a perceber que as pessoas são formadas de diversas dimensões e que julgá las por uma só dessas dimensões pode nos confundir enormemente.
Tamanha a minha confusão, posso até dizer que a falsidade ou a falta de noção do mal causado, podem trazer situações confortáveis se o convívio é diário e intenso. Imagina o quão seria em um ambiente de trabalho se houvesse um desentendimento e o mal estar entre os funcionários continuasse? Melhor que se abstraia, ou como diria Freud (meu companheiro intenso nesses dias) sublimar o sentimento e deixar a alegria e a diversão tomarem conta,mesmo que seja por alguns momentos.
Mesmo assim, ainda não consigo entender como pessoas às vezes podem causar tristezas e revoltas e não se darem conta disso. Será que só eu faço exame de consciência? Será que são poucos que pensam nos seus atos? Isso ainda me intriga.
Como falei em posts anteriores, ainda sou daquelas que acredita que a maioria das pessoas é boa e que há alguns vilões querendo atrapalhar a nossa felicidade e dos quais devemos nos afastar.
Infelizmente não é assim... mocinhos podem se transformar em vilões e vice e versa e nós nem percebermos isso. Ou então é apensas uma questão de olhar, de dimensão.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Não ando só, só ando em boa compania

Algumas coisas tem seu sentido mudado quando dizemos que vamos fazê - la sozinho. Ir ao cinema sozinho pode lhe dar o título de esquisito, anti - social.Ir à praia sozinho pode fazer você parecer zen e pensativo aos olhos dos outros. Normalmente o lazer é algo que não se faz sozinho. Porque alguém não tem o direito de se divertir sim, com sua prória compania?
Por outro lado quando nos sentimos sozinhos, terminamos um relacionamento, quando um filho viaja e temos a sensação de que não vamos conseguir sozinhos há sempre alguém a dizer : " meu filho nós nascemos sozinhos e morremos sozinhos, é lógico que somos capazes de fazer qualquer coisa sem depender de alguém". Eu posso dizer que já ouvi essa frase algumas vezes e que ela me tocou profundamente. Entretanto tenho ouvido também de diversas pessoas que sou muito corajosa por resolver viajar e passar 1 mês sozinha conhecendo lugares novos, pessoas diferentes, vivendo experiências inéditas. Ora, o corajosa aí pode ter 2 sentidos. Vejamos:
Por um lado a pessoa pensa: nossa... que coragem num sentido negativo do tipo que "não queria isso pra mim". Por outro ela pode pensa: que coragem no sentido positivo, mas nem tanto, pois está querendo dizer "gostaria muito de ter essa coragem de sair por aí".
Bom, não sei se é realmente uma questão de coragem mesmo, tenho até ficado feliz de ouvir de tantas pessoas que sou corajosa! Ora, logo eu, corajosa! ahahaha Nunca pensei que esse fosse um adjetivo que pudesse ser creditado a mim. Mas como dizia, não sei se é uma questão de coragem ou se é uma necessidade interna, algo que precisa acontecer. As vezes tenho medo sim, e daí me vem a felicidade de pensar que sim,sou uma mulher corajosa. Outras penso que não´há nada mais natural do que viajar sozinha, afinal de contas saímos pra trabalhar sozinhos, pegamos ônibus sozinhos, andamos até o ponto, vamos ao banco, ao supermercado, escrevemos. E alguns podem me dizer " mas viajando você vai ver coisas diferentes, bonitas, surepeendentes e vai querer comentar com alguém". E eu logo respondo: " E todos os dias quando andamos de Ônibus, vamos trabalhar, andamos até o ponto, vamos ao banco, ao supermercado; não vemos coisas bonitas, diferentes e interessantes?
Sim! E por que não fazer tudo isso em outra cidade, em outro país? Temos ainda o incentivo de termos muito mais o que descobrir, afinal tudo é novo! Dá mais ânimo, mais coragem e talvez até mais vontade de estar sozinho e poder descobrir por seus próprios olhos, e só por eles, coisas antes nunca vistas! Se eu vou querer comentar com alguém? Pra que servem os diários de bordo, os blogs, e até mesmo a nossa própria consciência?
Nunca fui ao cinema sozinha. Talvez depois dessa experiência, na volta, possa ir.
Ouvi há muito tempo em uma palestra, o depoimento de uma amiga que tinha viajado pra Londres e que saía sempre sozinha pra passear. Ela dizia que nunca estava sozinha, que estava sempre de mãos dadas com Deus e que comentava tudo com ele. Nunca esqueci essa imagem, vou levá - la comigo com certeza! Crédulos ou não, deve ser esse o espírito de viajar sozinha!
E rumo ao desconhecido!

The fool on the hill

Estou com essa música dos beatles na cabeça há dias! É linda e a melodia é de uma simplicidade... que emociona! baixem!

The Beatles - Fool On The Hill

Day after day, alone on the hill,
The man with the foolish grin is keeping perfectly
still.
But nobody wants to know him,
They can see that he's just a fool.
And he never gives an answer .....
But the fool on the hill,
Sees the sun going down.
And the eyes in his head,
See the world spinning around.
Well on the way, head in a cloud,
The man of a thousand voices, talking perfectly loud.
But nobody ever hears him,
Or the sound he appears to make.
And he never seems to notice .....
But the fool on the hill,
Sees the sun going down.
And the eyes in his head,
See the world spinning around.
And nobody seems to like him,
They can tell what he wants to do.
And he never shows his feelings,
But the fool on the hill,
Sees the sun going down.
And the eyes in his head,
See the world spinning around.
He never listens to them,
He knows that they're the fool,
They don't like him...
The fool on the hill,
Sees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around.

sábado, 5 de maio de 2007

...

Enquanto tomo banho sempre planejo atividades super produtivas pra depois dele: ler um texto, tocar piano, assistir a um bom filme, fazer o trabalho que faltava... acabo sempre no computado, no msn, no orkut e afins.

Day after day

Impressionante ver como a presença de certas pessoas e alguns pequenos acontecimentos são capazes de mudar um dia que tinha tudo pra dar errado. Se achar em uma situação sem saída, num momento de trizteza, num local que antes era familiar e agora me parece estranho total. De repente, o simples olhar e carinho de pessoas especiais, que nesse momento afloram como mais especiais ainda, são capazes de mudar todo o roteiro do dia que parecia estar predestinado.
É, me achava num beco sem saída, numa desilusão total com o ser humando e com a sua capacidade de ser bom, despretencioso e verdadeiro.
De repente descubro que não sou tão fraca assim quanto eu pensava, e que também nem dói tanto quanto eu achava que estava doendo, eu simplesmente me recusava a acreditar que a realidade estampada era normal,que o ser humano é realmente capaz disso. Infelizmente a gente aprende a jogar o jogo do contente, a se dobrar ao que não achamos correto, infelizmente temos que ir , muitas vezes, contra nossos ideais .
Num primeiro momento desespera, revolta e dá vontade de gritar para o mundo inteiro do que uma pessoa é capaz! Dá vontade de ouvir de todos os que estão a nossa volta que aquilo é realmente surpreendente e condenável, já que nós estamos perdidos em meio ao estupefato e a desilusão. Precisamos então do outro amigo e confiável pra entendermos bem a situação!
O bom de tudo isso é crescer, ir ganhando armas (mesmo que essas não sejam as que sempre sonhamos e idealizamos) pra sobreviver e máscaras para poder continuar no "mundo adulto" mesmo que seja por um objetivo maior, . Difícil isso, não? Essa vida de adulto? É... mas isso é outro assunto... fica pro próximo post!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Párem o mundo que eu quero descer...

Estranho e desolador se perceber um grão de areia no meio do deserto, uma gota no meio do oceano... Perceber que a gente se esforça, luta e quer sempre fazer o bem enquanto outras pessoas não precisam mover uma palha pra destruir em um segundo aquilo que a gente achava do mundo. Acreditar nas pessoas é tão fácil... o desacreditar acontece em um segundo, o reacreditar pode levar uma vida inteira. Uma pessoa as vezes pode levar em si o peso de uma multidão. Difícil saber se devemos levar a vida com a beleza e ingenuidade de uma criança ou se já levantamos da cama com os dois pés atrás. Eu fui uma que sempre escolhi a primeira opção... fui perdendo, perdendo perdendo... e acabo de perder mais uma vez a confiança na humanidade... Como pode haver tanto mal caratismo assim com a gente mesmo? Não é no jornal, na televisão, na novela... é aqui, na vida real.
É, engolir sapos faz parte da vida adulta, da vida do trabalho. Era mais bonito e mais feliz quando mesmo me decepcionando com o ser humano, continuava confiando nele da mesma maneira, como se um dia apagasse o anterior.
É, talvez crecer seja aprender a lidar com essas frustraçãoes e decepções que a vida nos oferece... a gente vai aprendendo, criando rugas, calos e um monte de buraquinhos no coração...
Queria que ele voltasse a ser liso, como era antes... queria que um dia apagasse o outro... queria continuar acreditando.

Não sei se é truque banal...

Desde o início da adolescência escrevia diários, aqueles livros serviam pra colocar pra fora um pouco da angústia e dor do crescimento, dos amores não correspondidos, das experiências e sensações que eu não entendia... Engraçado como eles sempre eram dirigidos pra alguém, e o alguém era sempre o pierrot da vez. Logicamete um amor não correspondido. Como não podia dizer a ele escrevia, em forma de cartas o que sentia a enorme necessidade de colocar pra fora. Dizia sempre que pretendia entregar a eles no final de tudo. Acabava nunca entregando... graças ao destino, preservei todos - 4 escritos e um ainda em processo- comigo.
Sempre gostei de escrever cartões, textos, homenagens, textos acadêmicos mas acho que o que sempre mais me cativou foi a possibilidade de colocar no papel tudo aquilo que eu sentia sem se interrompida por ninguém. Sempre preferi as cartas as discussões, um pedido de desculpas por email a uma conversa num bar e atualmente me parece que as coisas foram ficando bem mais fáceis pela internet.
Começaram a aparecer várias pessoas amigas criando blogs, partilhando seus sentimentos, expondo suas descobertas e mostrando seus dotes literários. Não sei se é um truque banal, um invisível cordão, como escreveu meu grande poeta, mas a bailarina que aqui vos escreve vai tentar chegar ao final da corda bamba porque a banda tocou um samba pra ela sambar! Ah coitada da bailarina! Quando achava que estava pretes a atravessar com segurança e equilíbrio a corda bamba, a banda começa a tocar outra música, um samba! O samba enternece seu ouvido, lhe dá uma vontade enorme de começar a sambar... mas como sambar,lá de cima numa corda bamba?? É isso que vamos tentar descobrir por aqui... vamos caminhando pela corda bamba no samba, na valsa, no rock e no erudito e torcemos por chegar ao final da corda não mais como uma simples bailarina...
A corda bamba da vida está aí pra gente atravessar, enfrentando medos, angústias e as perguntas que ela mesma nos faz! Vamos responder e dar a cada dia um passo novo rumo ao outro lado!