quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vivo dizendo e prometendo que não faço mais. Acabo fazendo.

terça-feira, 29 de julho de 2008

"Amizade é matéria de salvação." Clarice Lispector

Perguntas que não querem calar!

  1. Como eu faço pra saber quantas pessoas visitaram o meu blog?
  2. Como eu faço para personalizar meu blog e colocar uma foto minha no título?
  3. Como eu boto aquelas coisinhas mostrando o que eu tenho lido?
  4. Como mudar tudo que tem do lado esquerdo pro lado direito?

SOS blogueiros de plantão! Ajudem o Na Corda Bamba a fica mais bonito!

Felicidade Clandestina

Algumas pessoas não entendem, mas gosto mais de livros do que de roupas. Talvez porque a formação acadêmica me exija, talve por falta de dinheiro para comprar as duas coisas. A questão é que me sinto bem melhor na Livraria da Travessa do que na Ecletic. O dinheiro que sobra, vai para comprar livros.
Nunca fui de comprar muitas roupas, nunca liguei muito pra isso, mas o hábito de comprar livros é recente. Também nunca fui muito de ler, mas depois que entrei pra faculdade eram livros, livros e mais livros acadêmicos. O problema foi que fiquei só nisso. Livros sobre educação, psicologia, psicopedagogia. Se lia um livro inteiro por ano já era demais.
De uns tempos pra cá ando querendo ler o mundo. Infelizmente ou felizmente, tenho tempo de sobra, e tenho a sensação de que quero adquirir todo o conhecimento possível através dos livros. A satisfação em escrever me fez querer ler mais para poder escrever mais e alimentar esse blog. Os livros ajudam a refletir, pensar, raciocinar e coordenar, enquanto a televisão (minha companheira de horas e anos) já nos dá tudo pronto. A imagem é praticamente inquestionável (me corrijam os jornalistas mas esse é um ponto de vista pedagógico).
Lendo alguns livros para a minha monografia de pós descobri que a televisão, diferente dos livros, das aulas e discussões, não abre espaço para a pergunta. O que está ali parece inquestionável.
Sempre via televisão demais e lia de menos. Está sendo difícil quebrar essa rotina, mas o interesse pelas linhas é cada vez maior. Leio mais, mas sem abrir mão daqueles programas que mais gosto. Alguns tem horário sagrado.
Agora, por incrível que pareça, estou encantada com Clarice Lispector que, depois de diversas tentativas no colégio, acabo de começar a ler.
O texto fluiu em mim livremente como não acontecia há 10 anos atrás quando era obrigada pelos professores de literatura a ler e interpretar o que essa mulher sensacional escrevia. Lendo agora pensei como é difícil ler Clarice aos 15 anos e me questionei se realmente faz bem obrigarmos os adolescentes a reflexões tão profundas que, em sua maioria eles não atingem. Prova disso é que eu peguei esse livro emprestado da minha irmã caçula de 16 anos, que o leu para a escolahá não menos de um ano e ela nem sequer sabia me confirmar se tinha mesmo lido o livro. Sinal que que não ficou nada ou quase nada para ela.
Diferente dela, o nome "felicidade clandestina" me marcava. Não sabia bem do que se tratava, mas sabia que já tinha lido esse conto. Bastou começar a ler o conto que dá nome ao livro para poder me lembrar perfeitamente do que tinha lido há 10 anos atrás.
Clarice é, assim como a escritora desse blog, uma equilibrista. E como tal, uma Piagetiana. Impressionante como seus textos usam palavras desse vocabulário e se encontram em equilíbrios e desequilíbrios, assimilações, acomodações, adaptações.
Próximo passo: Cidade Partida. Por total influência do filme de ontem,"era uma vez."

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Jabá

Vez em quando tenho que fazer propaganda do meu artista pai nesse blog.
Segue o link de Renato Aguiar

domingo, 27 de julho de 2008

Chorei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho.
Menos amigos, mais linhas. Mais segredos, mais textos. Tudo na vida tem sua vantagem.

Razão sem sentido

As vezes cansa tentar lutar contra o que achamos que é errado, mas sentimos de outra forma. As vezes o duelo razão/emoção pode ser muito difícil, e fazer a razão vencer todas as vezes se torne um trabalho pesado e não eficaz.
Talvez precisemos mudar o rumo, a solução, a prosa; tentar de outra maneira, recriar a fórmula, não usar a fórmula, deixar a emoção vencer pra ver se resolvemos a questão.
Eu, apesar de romântica incorrigivel, sou uma racional feroz. Acredito na mente, no entendimento. Penso -logo existo- que em tudo deve haver uma razão e que uma ação sem razão não é justificável. Sou rígida, dura, tento segurar as rédeas da minha própria existência.
Mas ai vem uma forcinha contra, uma forcinha que vai se tornando cada vez maior e maior, quanto mais eu a empurro pra dentro. É como um rio transborandando durante uma tempestade. Por mais que diversas barragens tentem conter, ele vai transbordar e levar com ele diversas casas, pessoas, caminhos.
As vezes cansa segurar. Aplacar. Racionalizar. Os motivos reais, sensatos corretos simplesmente não bastam mais pra conter a barragem que teima em querer se quebrar. Talvez tenha memso que quebrar e deixar o rio correr com toda a sua força. Talvez aí ele chegue mesmo aonde ele quer e a barragem sem saber está impedindo aquilo que ele mais quer.
Ás vezes nos fazemos mal quando achamos que estamos nos fazendo bem. Quando queremos nos manter rígidas, imóveis do mesmo lugar, na mesma postura, mesmo que essa não nos esteja fazendo feliz. Mas é a postura correta, é a postura da razão. Não devemos mexer nela, com medo daquilo, que não precisa de motivo, que sente que pulsa, sair por aí, desgovernado sem saber por onde vai.
Não sei aonde o rio vai parar, mas de repente ele consiga ficar melhor assim, do que preso a uma razão sem sentido.

Hoje deixei o rio seguir. Abri a barragem. Fui de encontro. Pro bem, pro mal. E precisei me justificar aqui.

sábado, 26 de julho de 2008

Eu bem que tentei, mas não consegui me lembrar de nada interessante para dizer às 3h50 da manhã.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Rabugentices


  • Cinema é coisa de casal. Ir sozinho ao cinema (ainda mais estando solteiro) e ver todos os casais felizes e contentes, aumenta o grau de solidão e irritação.



  • Recebeu uma ligação, ligue de volta. Recebeu uma mensagem de texto, responda. Recebeu um scrap mande outro. Recebeu um sinal de fumaça - acene



  • Vida de casal não é vida de monge . Algumas pessoas tendem a sumir da vida dos amigos quando namoram, casam ou jutam escovas de dentes.



  • Acordar as 6h30 da manhã de um sábado é tortura.



  • Ter uma orientadora que vive em marte do século XVII é uma realidade que eu gostaria de não ter que viver.



  • As calçadas do Rio andam muito disformes, ainda vou tropeçar,cair e processar a prefeitura.



  • Todos os netos da vovó em clima de romance, incluindo aí irmã caçula.
Mais?? Acho que nem eu nem vocês aguentamos!

Margarida e a escola

Margarida nunca foi boa aluna na escola. "É a aluna do seis", diziam os professores. Penava para passar de ano, dependia de professores particulares. Quando chegou a universidade era uma das melhores alunas da turma, chegava às melhores do departamento.
Nunca entendeu como pôde ter tanta dificuldade no colégio e de repente desabrochar como uma borboleta que sai do casulo. Uns podem dizer: "ah, ela foi estudar o que realmente gostava." "A faculdade não exigia tanto quanto a escola."
Fato é que Margarida nunca foi muito enturmada na escola. Não tinha muitos amigos, não fazia parte das populares e chegava até a sofrer do que hoje se chama de Bullyng (aqueles que são sempre sacaneados, excluídos, etc.)
Margarida nunca esqueceu o que sofreu na escola e talvez por isso tenha escolhido a profissão que escolheu. Não quis sair da escola, nunca.
Hoje, depois de anos ela descobriu que não era a toa que não era boa aluna na escola. Afinal, como os pedagogos,psicólogos e psicopedagogos não cansam de dizer, para aprender são necessárias diversas condições afetivas, sociais e cognitivas. Margarida só contava com as cognitivas dentro da escola. As outras estavam meio entruncandas devido aos fatos sucessivos.
Ela achava, até então, que era ruim mesmo, que tinha dificuldades, que não entendia matemáticao, que física era muito difícil. Mas fazendo vestibular depois de 6 anos sem estudar, acertou metade das questões da prova, e principalmente as questões de matemática, física, química.
Ela entendeu então que hoje, como o pensamento mais leve, a vida mais livre de tantas imposições e regras da adolescência, ela já podia aprender melhor, entender mais e talvez fosse uma excelente aluna se pudesse voltar à escola.
Como a história presente se faz de entendermos o passado para seguir em frente, assim como um clic, Margarida descobriu, entendeu e prosseguiu.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

SOS

Preciso de uma aula sobre como configurar blogs! Alguem se habilita?

A árvore, o terreno e o jardineiro.

Como eu já disse uma ou duas vezes nesse blog. Os sonhos me perturbam. Os meus, claro. Tenho a mania de tentar interpretá-los sempre, principalmente quando eles mexem comigo. Essa noite sonhei bastante. Na verdade os sonhos foram bem fortes já que me lembro deles agora como se tivessem realmente acontecido. No primeiro encontrava um amigo com quem não falo há bastante tempo e como ele estava uma pessoa importante com quem infelizmente tive um desencontro amoroso, temi em passar por eles. Não é difícil entender que não encontro o amigo na decorrência de ele ser próximo ao desencontro...
Fato é que o sonho não era muito bom e o desencontro amoroso, que já aconteceu há alguns meses e já deveria ter ficado pra semente, parece que ressurgiu como raiz.Parece que acordo aqui, comigo. Complicado isso. Algumas pessoas ficam ou teimam em ficar na nossa vida, mesmo que a gente não queira. Como aquelas árvores que estão hás anos no mesmo lugar, que enfincaram raízes no asfalto, nas casas próximas. Algumas plantas simplesmente morrem por não se adaptarem a determinado local, às condições de luz, de temperatura,ao terreno. Essa, resiste em ficar, mesmo não querendo o terreno, que já cansou dos estragos das árvores, e nem a mesma, já que não se adaptou a ele, não conseguindo dar a ele aquilo que ele precisava, machucando-o profundamente.
O terreno já tenta expulsá -la há meses, dias, horas... mas ela resiste em ficar. O Jardineiro, coitado, já nem sabe mais o que fazer.
Quando eu acho que esqueci das coisas que me marcaram, elas voltam em sonhos. Quando acho que superei determinada perda, ela volta em sonho. Freud chama isso de inconsciente, de questão mal resolvida. Aquilo que não nos é possível viver no consciente, fica no inconsciente e vem através de sonhos, atos falhos...
Talvez não tenha mesmo resolvido a questão do desencontro, do desafeto, da decepção. Talvez ainda não tenha aparecido outra árvore pra expulsar a teimosa do terreno. Talvez o jardineiro ande sem muitas plantas pra cuidar e assim fique prestando atenção somente naquela, naquela que teima em ficar. É assim, como diz o ditado: Cabeça vazia... casa do diabo! No meu caso, casa de erva daninha, de árvore teimosa, de terreno vazio.
Dizem que o tempo cura tudo. Não sei, talvez cure mesmo, mas sozinho ele não consegue. Quando a gente acha que a árvore se foi, ela volta. Quando achamos que o tempo curou, aquela dorzinha, no fundo do coração, volta. E assim não há outra planta que consiga achar lugar.
É... esse terreno tá mesmo estranho. Esse jardineiro não está sabendo cuidar.
Jardineiro não consegue entender mesmo. Já tentou tantas coisas, já deixou o tempo passar, já conversou com a planta, já se afastou dela... Dá vontade de se render... de deixar a planta ficar ali mesmo, mesmo contra a vontade do terreno, tão machucado por ela e suas raízes. Já pensou em enfrentar, em deixar as raízes crescerem por outro lado, em ficar amigo da planta. Mas as raízes ainda machucam muito. Talvez um dia elas deixem de machucar e assim os três: árvore, terreno e jardineiro consigam viver em harmonia.
Por enquanto ainda não dá. Apesar do tempo. 6 exatos meses. Quando é que a raíz vai parar de machucar?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Dúvida cruel

Tem gente que vive de passado. Chamam de museu. Eu vivo de futuro, como é se chama?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

´100!!

Tristeza rolou nos meus olhos
Do jeito que eu não queria
Invadiu meu coração
Que tamanha covardia
Afivelaram meu peito
Pra eu deixar de te amar
Acinzentaram minh'alma
Mas não secaram o olhar
Afivelaram meu peito
Pra eu deixar de te amar
Acinzentaram minh'alma
Mas não secaram o olhar
Saudade amor, que saudade
Que me vira pelo avesso
E revira meu avesso
Puseram a faca em meu peito
Mas quem disse que eu te esqueço
Mas quem disse que eu mereço
Saudade amor, que saudade
Que me vira pelo avesso
E revira meu avesso
Puseram a faca em meu peito
Mas quem disse que eu te esqueço
Mas quem disse que eu mereço

Yvone Lara E HermÍnio Bello De Carvalho

Em crise profissional.

Dizem que todo mundo em algum momento passa por isso. Eu estou passando agora. Não sei o que fazer, o que quero fazer, o que não quero. Sò sei que preciso de um emprego que nem todo mundo. Sair as 9h e voltar as 18h. O ócio está acabando comigo.
Acho que estudar livremente também!
Ainda tenho uma pós e uma monografia pra fazer. Não consigo estudar. Não tenho trabalho.
Acho que vou curtir as férias livremente!
E o futuro?
Já nem sei mais...

terça-feira, 15 de julho de 2008

O silêncio dos inocentes.

Mais um inocente morto por policiais. Mais um erro da polícia. Mais uma vez o chefe da polícia dizendo: "esse não era o procedimento ideal" e "esse não era o resultado desejado" . Mais uma vez o nosso Governador dizendo que esta situação é realmente inadmissível.
Procecimento ideal? Resultado desejado? Nós estamos falando de vidas! De famílias que perderam entes queridos. Mulheres que perderam filhos, maridos, irmãos. É tão simples assim assumir um erro como esse?
Enquanto o chefe da polícia dizia calmamente as palavras acima em uma entrevista ao vivo, o âncora do jornal interrompia, irritado e revoltado com a situação: "mas tenente, mais uma vez um inocente foi morto". Os próprios repórteres já não escondiam mais a sua indignação, mostrando a revolta que todos nós estamos vivendo com isso. Eles, que tem que manter a calma, serenidade e imparcialidade para transmitir a informação já se juntam a nós nessa indignação, revolta que não cabe nas linhas desse blog.
Tenho lido e assistido a todas essas notícias quase que diárias de morte de inocentes por simples erros de policiais. Claro que sabemos que isso acontece e sempre aconteceu e que como qualquer outro fato é mais uma especulação da mídia. Quando um assunto dá ibope, logo outros da mesma natureza começam a aparecer.
Isso tudo seria simples se não estivéssemos falando da nossa polícia, daqueles que supostamente estão nas ruas para nos proteger. Daqueles que são os "bonzinhos", que desarmam o inimigo e não saem atirando a esmo tentando matá - los a qualquer custo. Lembram do conceito de polícia?
É claro que isso daria em morte de inocentes.
Quando um médico erra uma vez numa cirurgia e leva um paciente á morte ele é alvo de processo e corre o risco de não mais exercer a sua profissão. Um médico. O policial é preso ADMINISTRATIVAMENTE e logo volta às suas funções normais.
Sei que é chover no molhado, mas que preparo é esse que os nossos policiais tem? O que e aonde eles estudam? O que eles entendem por fazer uso da arma de fogo? E o principal, qual a punição para aqueles que desobedecem as regras??
Como quase tudo em nosso país, essas mortes acontecem por falta de medo! Sim, medo de ser punido ou consciência de que se está lidando com o outro. Nesse caso a vida de outro. Ou de outros como tem sido.
Um policial (que ainda trabalhava como segurança e devia ter um preparo impecável) ao invés de tirar seu protegido da confusão, como deve fazer qualquer segurança, atira para o alto (ou a queima roupa) matando um menino, só um menino e 18 anos.
Outros confundem, vejam bem CONFUNDEM, o carro de uma mulher que carregava dois filhos, com o carro de bandidos, metralhando - o e é lógico, pois não poderia acabar em outra coisa, matando um de seus filhos. CONFUNDEM?? como assim? A polícia pode se dar ao luxo de confundir? Ela tem o benefício da´dúvida e sai atirando???
Outros policiais saem atirando o carro de uma jovem de 24 anos que, por medo de ser parada (muitos policiais as 4h30 da manhã querem extorquir uma menina sozinha), e depois somem com o corpo. Isso é possível? Eles não tem medo da punição?? Parece que não.
Isso sem contar com a crueldade. Crueldade porque não achei palavra pior. Crueldade eu repito, dos tenentes do exército que entregaram 3 INOCENTES à traficantes de uma facção rival. Nem me pergunto o que esses teriam feito com os meninos, pois dos traficantes, bandidos, ladrões; eu espero qualquer coisa. Do exército, da polícia não.
E agora isso: um inocente é morto por policiais porque mais uma vez policiais se confundiram. Acharam que era um roubo de carros e não era, era um sequestro relâmpago. Ahhh eles confundiram... Não pensaram que podia ser mais uma mulher com seus filhos? Não era. Dessa vez era um homem. Um administrador de 37 anos que foi tratado pelos policiais como pedra, lixo. Retirado do carro, ainda vivo, sem o menor cuidado. O que acontece com o respeito à vida?
Bandidos ou Inocentes, não importa! Será que a polícia acha que pode sair por aí atirando a esmo pois uma hora vai acertar seu alvo? Parece que eles acham que estão dentro de um jogo. Uma simulação, onde cada morte é uma vitória. E o que acontece com eles?
A Sensação que dá, para nós que assistimos a tudo isso, é que o valor da vida é mínimo. Que nesse caso, coitados, eles erraram tentando acertar. COITADOS...

domingo, 13 de julho de 2008

O melhor remédio!


seguindo o post anterior, segue o melhor remédio para qualquer coisa! Assistam! aqui

A corda e as joaninhas

Atravessar a corda sempre tem suas surpresas. Surpresas boas, já que a dificuldade é grande. Surpresa de encontrar equilibristas queridos no caminho. De ver como eles andam pela corda, de ver seus sorrisos, palavras soltas que, mesmo que eles não saibam, tenham noção um dia, modificam nosso modo de andar pela corda
Esses andarilhos, que com certeza também tem seus desequilíbrios pela corda, parece que são como uma recompensa no meio da trilha, um copo d´água quando se está morrendo de sede, uma barra de chocolate quando estamos perdendo as forças.
Basta um sorriso, um sinal e a gente acha que, se eles conseguem percorrer a corda e se equilibrar assim, porque afinal, não podemos nós?
Encontrar outros assim pelo caminho, é ter certeza de que esse não é em vão, de que o caminho sim vale tanto quando ou mais do que aonde ele vai dar!
Ontem pude sentir isso, de perto. Logo quando eu tinha medo de sair da terra firme, quando achava que o caminho era pesado. E com um sorriso, uma noite, uma festa, uma música, ele se tornou mais leve. E dá mais coragem e mais vontade de percorrer o caminho!
E eu que sempre gostei das joaninhas! Alegres, coloridas e engraçadinhas!
Sigo na corda, percorro o caminho! Mais leve, mais forte e mais feliz!

sábado, 12 de julho de 2008

A corda

Ninguém disse que essa vida equilibrista ia ser fácil. Também não me disseram que ia ser tão difícil. Há alguns momentos em que o medo do desequilíbrio é tanto que não conseguimos sair do lugar, arriscar, fazer força pra nos manter em cima da corda bamba.
Mesmo sabendo que há uma rede de proteção embaixo, que do chão não se passa, a sensação é de imobilidade, cansaço, preguiça de ver o que tem do outro lado da corda.
Sabendo que a corda nunca termina, vive se transformando, o medo é maior ainda. O que será que pode haver nesse caminho? Em que essa corda vai se transformar? É mais fácil ficar ali, na platéia do circo, olhando os equilibristas e torcendo que eles consigam atravessar a corda.
Mas e a adrenalina? E as recompensas ao atravessar a corda? E a vontade de ver o fim da corda? Será que dá pra fazer tudo isso das cadeiras em frente ao picadeiro?
Acho que não... mas mesmo assim permaneço imóvel frente a corda, no concreto, na terra firme, naquela que não se move, não balança e não oferece risco de cair. Porque se cair, vou ter que levantar, consertar o que se quebrou, e subir novamente, frente a um outro caminho, uma outra corda. Isso dá trabaho, cansa, dá medo.
Estou aqui. Paro por aqui.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Que policia é essa?

Chorei lendo o jornal esses dias. Realmente, com uma polícia que não faz nada além de atirar em inocentes, temos mesmo é que ter mais medo dela do que dos bandidos...

sábado, 5 de julho de 2008

Monica, Chico e a OSB

Como alguns de vocês já sabem eu sou professora de música. Trabalho musicalização infantil. Ensino a elas o que é grave, agudo, de onde vem o som, como ele se propaga, os instrumentos, a orquestra, enfim, ajudo eles a se interessarem e a entenderem dentro das suas estruturas, o que é a música.
O que vocês não sabem, é que eu, por incrível e absurdo que pareça, eu nunca tinha ido a um concerto no municipal. (Oooohh)
Toda a minha formação musical foi em música popular e é o que eu acabo levando aos meus alunos; um pouco do nosso cancioneiro popular, tão pouco difundido entre as crianças. O máximo que eu ouvia de música erdudita eram as músicas de fundo do metrô (sempre as mesmas, diga - se de passagem, já decorei todas elas).
Para dar aula sobre orquestra, li, estudei, pesquisei na internet, e sabia de um lado a outro, no papel, a posição de todos os intrumentos, todo o misanceni que acontecia. Tudo no papel.
Qual foi a minha grande emoção ao ver ontem pela primeira vez, eles todos ali, reais, cada um sentado em seu lugar! Parecia que o desenho tinha saido do papel! Me senti uma criança descobrindo o mundo! Sim, os contrabaixos ficavam mesmo naqueles lugares, o violino espalla afinava mesmo os outros instrumentos e cumprimentava o maestro. Parecia um sonho tornado realidade.
Entretanto, o que me levou ao teatro municipal (que aliás, por si só já é uma obra de arte e motivo de emoção) não foi só a orquestra sinfõnica e sim, minha cantora favorita: Monica Salmaso.
Tenho verdadeira paixão pela voz dessa mulher. É doce, suave, aveludada e me traz uma mistura de anjo e mãe. A sensação que eu tenho quando ela está cantando é de tranquilidade, paz; como se eu estivesse completamente protegida, no céu, no colo de mãe.
Onde Monica está, eu estou. Vou a todos os seus shows aqui no Rio desde que a conheci infelizmente há somente 2 anos atrás. Como se já não bastasse ela ter essa voz fascinante que faz dela, segundo Edu Lobo, uma das maiores cantoras da atualidade; ela ainda gravou um CD com músicas de Chico Buarque! Ai Não! Aí já era demais! Era o paraíso! O lirismo de Chico e a delicadeza de Mônica só podia ser o nirvana! E era.
Mas, para completar o total êxtase, Monica não ia cantar somente músicas de Chico. Ia cantar músicas de Chico acompanhada pela orquestra sinfonica brasileira. Isso queria dizer que as músicas de chico, gravadas por Mônica iam ter arranjos para orquestra! Era demais para meu coraçãozinho e eu não poderia perder isso de jeito nenhum! Mesmo descobrindo o show em cima da hora, comprei o lugar que tinha (hoje graças a Deus (o lá de cima, não o Chico) temos a facilidade de comprar pela Internet, que benção!) , chamei uma amiga louca por música e fomos!
O concerto começou com uma peça de Camargo Guarnieri, que conhecia de nome, mas nunca tinha ouvido. Eu não sabia se prestava atenção no maestro, na música, nos movimentos. Ah, os movimentos! A sincronia da orquestra é outro espetáculo a parte! Eles chegam a virar as folhas das partituras ao mesmo tempo.
É fantástico ouvir os sons e descobrir de que instrumento eles estão vindo, ver que cada pedacinho faz a obra inteira e ter a certeza de que todo aquele som, é mesmo produzido por aquelas pessoas naquele momento.
Observava o maestro. Suas mãos pareciam uma flor que passeia com o vento.
Logo depois, uma peça linda de Villa Lobos, Bacchianas No 6 . O Primeiro movimento é uma das coisas mais bonitas que já escutei. Não preciso nem dizer que foi a orquestra começar a tocar e eu, com todas aquelas descobertas, começar a chorar.
Veio o intervalo e então... Monica.
Ela começou cantando Ciranda da Bailarina, uma das minhas músicas preferidas do Circo Místico, o musical de Chico e Edu. Não conseguia me conter imaginando como seria o arranjo para orquestra, como ficaria linda aquela música envolvida em sopros, cordas e xilofones. A música é tão delicada quanto a cantora e, foi tudo exatamente ou mais bonito do que eu imaginava!
Então veio "Construção", a música que pede trompas, bumbos e trombones! A orquestra reproduzia o caos do trânsito, a ruptura, o cotidiano, a mudança daquele trabalhador.
Foram seis músicas e ela saiu do palco ovacionada! Voltou, logicamente para um bis! Saiu. O grupo Pau Brasil , que a acompanha nesse cd, tocou "Bye Bye Brasil" com a orquestra. E Monica voltou, para fazer de bis "Construção". E foi ovacionada junto com a orquestra mais uma vez. E quando, arrasados, achávamos que o show literalmente tinha acabado... Opa, olha a Monica aí denovo! Dessa vez para dizer que contávamos com a ilustre presença de Edu Lobo que, depois de alguma insistência de Monica e do público subiu ao palco para cantar, junto com ela para cantar... Ciranda da Bailarina.Não sem antes botar os óculos e pedir para ler a letra. (para quem não sabe, Edu fez a mùsica e Chico a letra).
Não haveria final melhor para um show como esse. Monica e Edu, juntos no palco cantando, ao som da orquestra Sinfõnica Brasileira uma música que parece, só parece, ter sido feita para crianças.
Não reparem toda a impulsividade do texto! Ainda estou sob efeito daquelas duas horas de descobertas, emoções e perplexidades, diante de um espetáculo tão bonito.
Sò espero que isso se repita, muitas e muitas vezes.

terça-feira, 1 de julho de 2008

As Ites e a vida intelectual

Já andaram reclamando comigo que este Blog está muito parado. Já andei me cobrando bastante demorar para escrever. Toda vez que olho esse blog e ele está do mesmo jeito que antes (antes de eu postar a linda foto de ontem), penso em algum tema para escrever. Não basta ser um tema, tem que ser interessante também, afinal, apesar de eu ter leitores imaginários que me contam que estiveram por aqui mas nunca comentam, acredito que tenho alguns assíduos, que lêem mesmo e não sabem como comentar.
Bom, fato é que esse blog tem andado parado, tão parado assim como eu, doentinha há um mês mais ou menos. Intoxicação, sinusite, bronquite, hepatite e um monte de "ites" que me fizeram assistir toda a programação do telecine 3 (o light), todos os seriados da Warner e da Sony, todas as novelas possíveis, todas as edições do Saia justa . Isso porque não contei a vocês as passadas por Sonia Abrão e o no mínimo hilariante "A tarde é sua", Marcia Godshmith e seus "casos de família" e, é claro, todos os filmes dublados da Sessão da Tarde, incluindo aí Zorro e o mil vezes repetido "A lagoa Azul". (Qual é mesmo a diferença entre o "Lagoa Azul" e o "De volta a lagoa Azul" a não ser a Brook Shields?)
Como não tenho lido (eu preciso estar muito bem fisicamente para ler, coisas da vida...), poderia contar a vocês as aventuras de Juma Marruá em Pantanal (eu tinha medo dessa novela quando criança, mas agora ela passa depois da novela das oito e antes da Hebe, e acabo vendo às segundas para não me render ao Tela Quente!); desenvolver a história de "A favorita" pesando quem seria a vilã Lara ou Donatela, ou mesmo listar todos os filmes do telecine light que consegui ver em uma tarde inteira: "Um príncipe em Minha vida 1", "Um príncipe em minha vida 2", "Sorte no amor", " O Amor não tira férias", "O violinista que saiu do mar" e tantos outros.
Ah! Já ia esquecendo o meu mais novo passatempo: o blog das estrelas!
Pedro Neschling (aquele que é filho da Lucélia Santos com o Maestro) está com Pneumonia; Carol Castro perdeu seu gatinho de estimação, e comprou um labrador; Suzana Werner está no Rio com as crianças depois de passar um perrengue total no aeroporto de Milão! Ah! E a Fernanda Paes Leme e a ... aa.. qual é o nome dela mesmo? Fizeram uma festinha de aniversário juntas! Para vocês verem como a minha vida intelectual anda interessante! Ao invés de Freud, Piaget, Winnicott, eu leio Nescheling, Werner, Leme e Castro!
Essas "ites" todas me levaram a uma inércia total e aguardo ansiosamente o dia em que poderei deixar o ambiente TV/laptop e voltar a meu escritório, a Biblioteca da PUC.
Queridos leitores (fantasmas ou não fantasmas), aguardem uma melhora nesta que vos escreve ou acabarei me transformando em uma crítica de TV e afins! (Não é que´é uma boa idéia?)