quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Adeus Ano Velho

Começar um novo ano significa renovar a vida. Reconstruir o que não foi bem construído, construir aquilo que não fizemos por medo, preguiça, desleixo. Um ano que se começa é uma nova oportunidade de se fazer melhor, de se lutar pelo que se quer, de ser sujeito da própria história, ator principal da sua vida.
A cada novo ano, se inicia um novo ciclo, se reinicia a rotina, os trabalhos, as incertezas, os desafios. A cada novo ano é nos dada a chance de recomeçar, de apagar, de reescrever ou de escrever coisas novas.
2008 passou. Ficaram as desilusões, as decepções, os despedaços e as perdas. Passou-se um ano difícil, daqueles que não se quer nem lembrar. Mas como todo ano, todo dia, toda a vida, promoveu encontros encantadores, oportunidades imperdíveis, peças chaves para um novo ano melhor. É importante deixar pra tras um ano, mesmo ele tendo sido ruim, sabendo que sem ele não haveria esperança e mudança para um ano melhor. 2008 pra mim talvez tenha sido a antítese do que quero pra 2009. Mas sem antítese não é possível a síntese. Sem saber do que não se quer, é difícil saber o que se quer.
Desejo, pra mim, um 2009 de ação, sem medo, sem ressentimentos. Um 2009 de novas construções, novas amizades, novos amores. Tudo isso posso ver, ainda daqui, de 2008, que só depende de um movimento, uma ação. Um querer e 2009 já está sendo construído em 2008. "Um ano novo sem medo de perder." Um ano novo sem medo de fechar a porta para o que passou. Sem medo de deixar pra trás, sem medo de começar de novo. Um 2009 completamente novo, cheio de vontade de viver e de mudar. Cheio de esperança, de força, de saúde pra cumprir as metas. Cheio de sensatez para rever as metas, mudar os desejos, acreditar no bem querer do destino.
Um 2009 com alegria de viver, fé na vida e esperança naquilo bom que há de ser.
Um Feliz Ano! Um feliz recomeço! Uma alegre vida!
"É melhor ser alegre que ser triste
A alegria é melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração"
Vinícius de Moraes

Ano Novo


Fim de ano
Fim de dia
Finda tarde
Findo o dia

Recomeço
Re partida
Reinício do tempo
Recontagem dos dias
Reciclagem do que foi
Retorno ao ponto de partida
Passagem pro próximo ano
Passagem pra nova vida
Tempo de mudar
Tempo de voltar
Tempo de transformar
Tempo de deixar passar
Findo ano
Finda tarde
Mais um dia
Novo dia

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

We wish you a Merry Christmas!


O Na Corda Bamba deseja a todos um Feliz Natal! Que vocês tenham uma noite cheia de alegrias, ao lado de pessoas que amam e que Deus ilumine todos os corações!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sem Presa, com delicadeza

Pegou o fio do novelo com toda sua delicadeza. Ia desenrolando, desenrolando, sem pressa de chegar ao fim, olhando pedaço por pedaço,fio por fio, sentindo a leveza e a maciez da lã. Sabia que ia chegar ao final do novelo, queria saber como era, se a linha era bastante para um chapéu ou somente para um sapatinho de bebê. Mas agora só apreciava o momento de percorrer cada pedaço, como se deles não precisasse fazer peça alguma. Esquecia-se por alguns instantes de pensar; em como fazer as peças, em dar os nós e os pontos certos. Queria sentir o aconchego da lã. Parava, olhava o novelo e pensava: sei fazer um chapéu, mas quero fazer sapatos, meias. E a inquietação da serventia da lã logo voltava a lhe incomodar. Podia enrolar e desenrolar o novelo quantas vezes quisesse. Podia dormir agarrada a ele, passear com suas mãos diversas vezes por aqueles fios tão macios. Talvez nem precisasse nem quisesse fazer nada com eles. Ou pudesse demorar dias, meses, anos para tecer aquilo que mais lhe fosse necessário, que mais lhe agradasse. Poderia esperar aprender a fazer pontos novos, mais bem construídos. Talvez precisasse de mais tempo pra aprender a fazer um cachecol, daqueles grandes e bem juntinhos, que esquentam um inverno inteiro.
Era isso. Queria um cachecol que durasse um inverno inteiro, ou muitos invernos. Pra isso precisava aprender novos pontos, e ir deixando os fios se tecerem. Sem pressa, com delicadeza.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Larica Total

Eis que surge um novo programa na televisão brasileira! Um programa totalmente diferente dos formatos que estamos acostumados. Se chama Larica Total. Pra quem não sabe, eu detesto Youtube, mas todas as semanas me pego conferindo se há a nova edição do Larica postada. Como eu disse, o programa passa na televisão, mas precisamente no canal Brasil, sexta feira, meia-noite e meia. Mas como eu não consigo ficar acordada até essa hora, acabo tendo que procurar no youtube.

Escrevo isso porque Paulo, o protagonista e único personagem do programa, é um verdadeiro equilibrista e merece ser citado nesse blog.

Larica total é um programa de culinária para solteiros. Paulo é homem que mora sozinho e, enquanto faz receitas mirabolantes e em princípio esquisitas, filosofa da maneira mais simples e eficaz que conheço. Pode-se tirar, como verdadeiro humor, diversos toques, idéias e soluções práticas pra a vida em geral.

Paulo, ou melhor, os redatores do programa, simplificam tudo, fazendo a vida parecer uma verdadeira brincadeira. É é isso que torna o programa, além de divertido, intenso (para aqueles que querem enxergar).

Recomendo! Vejam o programa do Docinho AQUI
E se gostarem, hoje tem!!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Feliz Aniversário Pra Mim!

Esta que vos fala, a bailarina equilibrista (mais equilibrista do que nunca), completa mais uma ano atravessando a corda hoje!
Se pudesse desejaria muitas coisas pro próximo ano a seguir, mas como só podemos assoprar a vela fazendo um pedido, acho que pediria força motora de transformações! Isso mesmo! Pois pra continuar seguindo a corda sem cair e ficar parada no chão, só se transformando e melhorando a cada dia!!
Alegria!!!!! Alegria pra andar na corda sem medo de cair!! (tá vendo, já fiz mais de um pedido!!)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

É preciso um bocado de tristeza, se não não se faz um samba não.

E de repente lhe bateu uma tristeza que ela não sabia de onde vinha. Os olhos marejados, o coração apertado, a mente quieta. Não era angústia daquelas que ela não sabia pra onde correr. Era simplesmente tristeza. Invadia-a como mar que vai e vem, molhando a areia e se recolhendo. Mas naquele momento, naquele exato instante ela parecia ter vindo pra ficar. A tristeza.
Continuou procurando motivos. Não era saúde que lhe faltava, nem paz, nem trabalho. Talvez amor, amor sim lhe fizesse falta e lhe deixasse aberto um grande vazio. Mas já estava acostumada com esse vazio. Já não era pouco o tempo em que convivia com ele. E continuava a se perguntar: mas porque tanta tristeza? Será o ano que chega ao fim, deixando pra traz tudo o que carregava com ele, todos os momentos vividos e sentidos? Seria o medo do que há de vir, do próximo ano, da próxima etapa? Não! Ela não sentia medo. Era só tristeza. Uma tristeza simples,branca, pálida, não profunda e amarga. Tristeza daquelas que dá vontade de chorar, sim, mas não daqueles abismos de onde não se vê a claridade.
Sabia que logo ia passar, que ia rir de um passarinho na janela ou de alguma tirada engraçada. Sabia que ia se distrair com a novela ou com o próprio trabalho, mas mesmo assim ainda não se conformava com a tristeza sentida, assim, sem sentido.
Talvez fosse assim mesmo, pensou. Há dias em que há tristeza, há dias em que há alegria sem motivo. ´Há dias que se acorda com toda a energia criada pelo mundo, noutros como se tivéssemos fatigados por ele. Talvez fosse essa coisa de dia, de fase, de razão nenhuma pra nada. Há que se aceitar que algumas coisas simplesmente não tem razão de ser, são. E a tristeza é uma delas.