quinta-feira, 29 de maio de 2008

Wagner explicou

Um dos meus mais queridos atores publicou essa semana no Globo um artigo sobre esse já tão comentado e criticado, excesso dos programas de humor e dos paparazzi em relação aos artistas.
Nesse tempo em que fiquei de cama em casa, voltei a acompanhar a programação dos canais abertos durante a tarde. Eu confesso: sou curiosa em relação à vida dos artistas, paro em frente às bancas para ler as manchetes de "Caras", "Contigos", "Quems" e etc; leio as colunas sociais e gosto sim de saber quem está com quem e quem separou de quem. Só que isso tem um limite. É um absurdo saber que esses fotógrafos perseguem atrizes grávidas, alugam guindastes em frente às casas delas ou mesmo ficam escondidos atrás de árvores para fotografar seu filho recém nascido.
Sei que o que estou dizendo não é novidade alguma, mas fiquei indignada e mobilizada com isso que resolvi, não só publicar o link do artigo de Wagner, como de continuar a discussão sobre o assunto.
Nunca parei para ver "Pânico" ou programas como esses pois nunca me interessou ver ninguém passando vergonha. Eu tenho aquela vergonha pelos outros, sabe? Coisa que me impede até de ver as videocassetadas , coisa que eu detesto. Acho uma exposição voluntária terrível. E olha que é voluntária. Imagina quando não é.
O fato vivido e relatado por Wagner me ajudou a entender o que eu estava sentindo vendo todas essas tardes o programa de Sonia Abrão falar, falar e falar incessantemente sobre o caso Isabella. Ela mostra milhões de vezes as mesmas imagens e entrevistas e passa ali, a tarde inteira, emitindo sua opinião sobre o caso e os acontecimentos que o sucedem. E eu que sempre achei que pra emitir alguma opinião a gente tinha que estar fundamentado em alguma coisa que não fosse um simples "eu acho" "na minha opinião." Aquilo me causou alguma coisa que não sabia explicar, mas Wagner explicou.
Explicou o que vivem essas pessoas - porque são pessoas e alguns insistem em esquecer isso - passam por "ter fama", como se tivessem que pagar alguma coisa pelo reconhecimento de seu trabalho.
Bom, deixo a vocês, o artigo de Wagner, vale apena!
CLIQUE aqui e leia!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

1 ANO!



O Na Corda Bamba está completando 1 ano este mês!!!

1 ano de equilíbrios, desequilíbrios, viagens, reflexões, histórias e principalmente de muitas felicidades!!!

Por isso, proponho a você, equilibrista que nos acompanha, a contar a sua história no nosso blog! Alguma história de andança, onde você quase caiu da corda e se reequilibrou, algum momento interessante, ou alguma reflexão! Não precisa se identificar! Basta contar uma história de equilibrista nos comentários!!

PARABÉNS A TODOS NÓS, EQUILIBRISTAS DE CADA DIA!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A maldição dos Konis

Ando perseguida pela maldição dos Konis. A cada vez que fecha uma loja eu acho que vai abrir um Koni no lugar!

sábado, 24 de maio de 2008

Ansiedade

Acabo de ler em um site da internet sobre ansiedade: "mente acelerada é mente desequilibrada.".
Por me considerar uma pessoa bem ansiosa, resolvi entender melhor a ansiedade e começei a procurar definições, sintomas e tratamentos para ela. Não sou daquelas 24h por dia ansiosas, mas tenho uma necessidade acelerada das coisas. Tudo ao mesmo tempo agora caberia perfeitamente a essa definição. A questão é não conseguir esperar o tempo natural das coisas. Como já diria a Bíblia: "tempo de plantar, tempo de colher." Eu não consigo nem esperar a semente germinar, quanto mais crescer, amadurecer pra enfim colher!! Nossa, é muito tempo de espera!
Dizem outros sites que um bom tratamento para a ansiedade é fazer exercícios físicos como Ioga e Tai Chi. Bom, esse tratamento já não me serve já que, para os que não sabem, concentro toda a minha capacidade aeróbica para a mente. Em outras palavras, odeio exercício físico.
Fato é, que a ansiedade atrapalha muito não só a minha vida como a de muita gente. Acordo bem, tranquila, pensando em ficar em casa, estudar, trabalhar. Mas logo em poucos minutos, talvez um simples email, mensagem ou orkut, me deixe numa total crise de ansiedade. Quero tudo pra ontem, não é nem pra agora! Quero tudo resolvidinho, embrulhado pra presente, pronto para ser desfrutado.
Bom seria se quisesse e pudesse ir desfrutando pouco a pouco dos acontecimentos da vida, para chegar ao fim, que nunca é o fim, de maneira tranquila, serena e madura.
Uma outra maneira terapêutica que eu tenho de tentar me livrar, pelo menos momentaneamente, da ansiedade, é a respiração. Respiro assim, devagarinho, respiração diafragmática e tento pensar que a vida não tem pressa, que não precisa ser agora, que há tempo para tudo.
As vezes dá certo... no campo profissional principalmente. Mas aí é bom talvez pensar que muita calmaria é sinal de acomodação. A ansiedade profissional me faz criar, crescer e produzir. Sair de casa e ir à luta.
Como na vida afetiva se depende sempre de um outro, as coisas não são bem assim. Aí a ansiedade atrapalha, acelera o que não deve ser acelerado, e muitas vezes destrói o que está sendo construido. Esse é um dos maiores problemas.
Talvez as pessoas mais calmas e tranquilas em relação a isso sejam as com mais êxito. O outro sente a ansiedade e foge com medo do que pode vir pela frente.
Não tenho soluções, mas escrever já me ajuda bastante a colocar os medos, ansiedades e angústias pra fora . Acredito que a ansiedade venha do medo de não conseguirmos nosso objetivo, de não controlarmos as coisas, por isso queremos elas ali estáveis e resolvidas.
Infelizmente não é uma coisa que possamos resolver racionalmente. Podemos ter a clareza de que se trata de ansiedade, sabermos que é necessário dar uma freada total e ir caminhando tranquilamente ao invés de correr; mas a ansiedade é da ordem do emocional, e aí fica tudo mais difícil. Por isso a terapia funciona, para alguns, muito bem. Ou uma boa conversa, em que a gente consiga colocar pra fora os sentimentos, angústias e aquilo que nos deixa ansiosos.
Acredito que sob ansiedade não deveríamos agir, deveríamos esperar passar a crise momentânea e não fazer nada enquanto não voltássemos ao estado normal, de tranquilidade. Mas quem é ansioso sabe, isso é praticamente impossível. Na hora queremos agir, fazer alguma coisas para que o objetivo seja cumprido... e na maioria das vezes, não em todas, agimos errado. O melhor é realmente esperar esfriar a cabeça e aí então tomar uma decisão acertada.
Colocando na linguagem desse blog: imagina se ao invés de andarmos sobre a corda bamba, saíssemos correndo? Poderíamos talvez chegar ao final da corda com mais rapidez e menos risco. Por outro lado perderíamos a possibilidade de aprender a nos equilibrar, de ir andando devagarindo nos equilibrando passo a passo. No final da corda já teríamos um equilíbrio bem melhor. Chegaríamos ao outro lado com mais experiência e aprendizado.
Eu sei que a ansiedade, para quem tem, é algo muito difícil de controlar. Alguns comem chocolate, outros fumam, outros bebem, outros roem as unhas. Mas quem sabe o melhor não é mesmo tentar colocar isso pra fora, de algum jeito? A arte está aí pra isso!
E já sabem: na dúvida, respirem antes de agir.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Recomeço

Num canto
Numa esquina
Recomeço

Restaurando
Reequilibrando
Buscando de novo o começo

Deixar pra trás
Seguir em frente
Reerguer
Refletir

Apagando um passado
Resgatando um presente
Remando de leve ao futuro
Traçando as linhas do caminho

Devagar, sem pressa
Caminhando, sem medo
Caminhando, só caminhando

Deixando o medo passar
Deixando a coragem seguir
Sem coragem de mais
Sem medo de menos
Sem pressa pra seguir
Pra encontrar
O recomeço

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Enfim consegui aprender a cuidar do jardim!E até ganhei flores!

Vivendo e aprendendo

Uma das minhas maiores inquietações na vida é quando me mantenho por muito tempo no mesmo lugar. Mesma atividade, mesmo emprego, mesmo livro, mesmo canal...Por uma dessas ironias da vida ela é quem causa um dos meus maiores problemas, o medo da mudança. Morro d medo do desconhecido, do novo e talvez por isso ele me cause tanta fascinação.Hoje é um dia de mudança. Deixo um emprego bom, estável, com pessoas sensacionais, clima de família, salário bom; pra enfrentar o desafio de recomeçar do quase zero. Voltar a dar aulas, estudar pro mestrado, tudo baseado na instabilidade, no autônomo, sem carteira assinada. Uma das coisas que mais busco é a estabilidade, a rotina, o certo. E quando a tenho nunca consigofica satisfeita. Ficar aqui sabendo que poderia e deveria seguir em frente, sabendo que já cumpri meu objetivo e desejo, seria acomodação da minha parte. Ficaria, sabendo que queria e deveria ir mais longe, até para um dia poder voltar. Mas não posso, não devo. Tenho que dar vôos mais altos, como disse minha chefe. Tenho que buscar. A equilibrista seque na corda bamba, que vive se refazendo.

Não contava é com o que essas pessoas de cada dia iam fazer com a minha vida. Desequilibraram a bailarina do samba. Acho que a maioria delas não sabe, mas entrei aqui totalmente perdida, depois de um término, uma demissão, uma viagem longa. Não tinha nada mais a perder , sentia um vazio imenso. E, de repente essas pessoas conseguiram em 3 meses me levantar para um lugar que eu nem sabia mais aonde ficava. Posso dizer que me reconstruí aqui. Fui muito bem recebida e aos poucos, me apegando a elas de um jeito que eu realmente não esperava. E aí, sair da estabilidade se torna mais difícil ainda.

Trabalhar com várias pessoas ao mesmo tempo pode ser confuso, mas é muito reconfortante. A gente sabe que se estiver num momento não muito bom, a Cleide vai vir com aquele sorriso lindo, a alegria contagiante e aquelas piadas que ela é quem mais ri. De repente, quando a gente acha que tudo está perdido, vem Zé, com sua sereninade nunca antes vitsta e aquela risadinha dizendo: "calma, Isabella, calma... tudo vai dar certo."

No meio da manhã vem a Paulinha toda alegrinha ou com carinha de sono contando as mil histórias do Pedro e a sua emocionante história de amor com o Julio. Aprendi muito a realidade da maternidade com essa moça!

A night é promovida pela Marcela, seus incontáveis casos amorosos e a ansiedade do fim de semana. Ludmila, o tecido e os shows do Caio, a irmã mais coruja que eu conheço e minha compania certa pro almoço!

E eu vou sentir muitas saudades daqui! Do Mauro me pedindo pra soltar o cabelo, da Flavinha rodando pela sala querendo um café; de mandar a Janaína parar de trabalhar e ir pra faculdade; de ouvir a Joana contando os preparativos pro casamento; a Valéria ouvindo seus flashbacks .

Não vou esquecer nunca Helena, suas filhas e o kibe que não estava bom; Paulinha e seu diário bom dia; Marcia Couto nas idas e vindas pra São Paulo e Maria Elisa e sua total e sensacional organização. Adrianinha... que coisa mais fofa! Anne copiando DVDs, André falando do Flamengo. E tem a Band, sempre elétrica e procurando imagens novas! Sandra, as tiradas e os sambas...Sueli quietinha lá no cantinho mais escondido!

Ainda tem Toinho, o café do alto e suas histórias mirabolantes no Blog, Ricardo e o nosso Fluminense; Marcia Damas sempre mamãe coruja, Janice, os números e a risada mais gostosa!

Ah! E sem esquecer nunca, nunca as tiradas únicas do Eric! "Palmas, aquele lugar não devia existir! Só tem gente feia!" " Vamos fazer o toré? Cada um faz as vogais do seu nome!" "Não existe direita nesse país!" e tantas outras que fizeram a alegria da ilha da madeira e adjacências!

Pessoas queridas, vocês vão fazer muita falta! Como diria Vinicius, "a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida". E esse foi um grande encontro da minha vida, encontro que vai ficar . Muito obrigada por tudo! Pelo carinho, pela cumplicidade, pela amizade!

Talvez isso seja uma das coisas mais importante de se mudar, de caminhar, de percorrer a corda. Deixar as pessoas entrarem nas nossas vidas e irem trazendo coisas delas, nos modificando e as modificando também. Foi muito importante chegar ao final desses 3 meses não tendo só cumprido um trabalho, mas também tendo percebido muitas coisas importantes na vida. Foi essencial ver refletido em vcs minhas forças, meus pontos fracos e poder ir mudando aos pouquinhos, refletindo, transformando. Cheguei ao final desse período dando um valor e um peso diferente às coisas, vendo a vida mais leve, dando mais valor a amizade, menos a outras coias, tendo mais paciência, menos ansiedade. Mais do que trabalhar em relatórios, banco de dados e formações,eu me transformei bastante nesse tempo.Tive a missão mais do que cumprida! Como cada um de vocês é tão diferente que com essa diversidade eu pude ter várias referências saindo de um único ponto, relativizando mais as coisas, sendo mais tolerante. Aprendi comigo, aprendi com vocês.

Eu estou feliz, por saber que tenho agora outro objetivo a cumprir,por ter aprendido tantas coisas, por ter crescido tanto. E triste por não ter vocês mais todos os dias! Mas me aguardem, que quando menos esperarem eu apareço por aí!

E rumo a festa junina do café do alto!!!!