quarta-feira, 23 de maio de 2007

Desaparecimento das memórias

Tenho reparado ultimamente no fehcamento de muitos lugares na nossa cidade. Bares, restaurantes, boites, lojas e prédios demolidos. Sim, parece ser o curso natural da vida, se acredita -se que tudo nasce, cresce e morre, ou seja, tudo tem um fim, nada é eterno. Prédios são demolidos para darem lugar a outros´prédios, restaurantes fecham para darem lugar a outros restaurantes e assim se vai. Não, esse não é um post anti modernista que não se conforma com a demolição de pequenos prédios para darem lugar a espgões ou restaurantes tradicionais que viram pizzarias.
Esse é um post nostálgico. Nostálgico porque a cada vez que passo por um lugar conhecido que fechou ou que está sendo demolido, me lembro dos momentos que vivi ali, das lembranças que tenho relacionadas àquele lugar.
Tudo isso me veio a mente hoje, quando passava de taxi pelo Shennanigan´s da barra que, não sabia eu, estava sendo demolido. Foi muito triste lembrar das vezes que estive lá e pensar que esse lugar simplesmente não vai mais existir. E aí me vieram a mente tantos outros lugares significativos que deixaram de existir e vários momentos que passei neles. Comemorei um aniversário e tantos chopps no Caneco 70, fui á milhares de festas no Skipper, na milkonos, vogue, wells fargo; fugi de casa pra ir no Pizza Hut (onde hoje é Mc Donald´s do baixo leblon); tive muitas, muitas e muitas conversas importantes no Ataulfo (minha maior perda do momento!). O Ataulfo significou muito pra mim . Com alguns amigos aquele era o reduto dos lanches da tarde, do sorvetes e de conversas, muitas conversas produtivas, decisivas, tristes e felizes. De repente, um dia, voltando do trabalho vejo que todos os móveis estão pra fora. No dia seguinte o lugar está vazio, no outro há um tapume enorme tapando entrada e no outro a constatação do que eu temia : tiraram a placa com o nome do restaurante, o Ataulfo realmente fechou. Mas para dar lugar a que? Um novo restaurante? Uma loja? uma agência imobiliária? Não importa, sempre vou passar por ali e dizer: " Aqui era o Ataulfo." E me lembrar do que vivi ali. Tenho medo das memórias desaparecerem junto com os lugares. Sou muito assim, vou passando pela cidade, olhando o que está a volta e deixando as memórias virem. Ás vezes acho, que sem as referências, as memórias podem "esquecer de ser lembradas", e assim ficarem láaa no fundo.
O armazém 161, na lapa, era um lugar do qual eu também gostava bastante, não existe mais! E assim se foi o Alt Muchen (restaurante preferido do meu avô) pra dar lugar a um restaurante japonês, A meli melô, lugar que também ocupa espaço em lembranças boas, (que já mudou tanto de nome que eu nem sei mais o que ela é); e tantos outros.
Será isso um vício nostálgico? Ou somente uma saudade normal e constatação de que o tempo passa e coisas vão ficando pra tráz?
Vou sentir muita falta do Ataulfo!

4 comentários:

Unknown disse...

ahhhhhh eu tb vo morrer de saudades do ataulfo! assim como ja senti a perda de muitos outros lugares... so espero que o cafe do cinema nao feche tao cedo!!!

Isabella Zappa disse...

gente, não quero neeem pensar nisso!!! nem o nosso café, nem o democráticos... pena que o songbook fechou.. esqueci de citar...

Mari Nunes disse...

caraca!! nem sabia q o ataulfo tinha acabado!!
tomara q o italia do leblon nao acabe neh amiga??!! hehe ainda temos muitas memórias p/ construir lah!!
bjks

Catarina Chagas disse...

Nossa, quantos lugares saudosos.
Também tinha a Sister Moon, lembra? Putz, muitos aniversários comemorados lá.