A esperança dança
Rodopia, segue o passo
Até onde a linha alcança
A esperança roda
Faz novelos de lã
Em cima do traço
Sabe que não é vã
A esperança é verde
Colorida, cor pastel
Cor de vento que assopra
Cor de folha que se mexe
Roda, roda roda
Anda pra trás
Movendo pra frente
Como uma dança sem passo certo
Como música de pé de ouvido.
espaço do equilibrista para pensar, refletir e atravessar a corda, que nunca termina, sempre se transforma.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
Mais respeito
Mais respeito que eu sou grande
Mais respeito que eu sou forte
Mais respeito que apesar de curto,
Sou firme, intenso, bravo
Mais respeito que corto como faca
Que borbulho como água fervendo
Que aperto como último buraco do sinto
Mais respeito que não vou embora agora
Vim pra ficar
Ficar o tempo que der
Não o tempo que você quiser
Mais respeito que finco o pé
Não me mexo
Fico parado, mesmo se sacudido
Não sou leve como pluma
Não voo como papel no vento
Não vou embora como a água que escorre
Mais respeito que fico
Que faço
Que crio, construo e destruo
Mais respeito que sou teimoso
Mais respeito que sou valente
E se tentares, em vão,
Me tirar do lugar onde estou
Eu grito, eu clamo, eu faço barulho
Mais respeito que vou
Mas vou quando quiser
Quando for a hora de partir.
Mais respeito que eu sou forte
Mais respeito que apesar de curto,
Sou firme, intenso, bravo
Mais respeito que corto como faca
Que borbulho como água fervendo
Que aperto como último buraco do sinto
Mais respeito que não vou embora agora
Vim pra ficar
Ficar o tempo que der
Não o tempo que você quiser
Mais respeito que finco o pé
Não me mexo
Fico parado, mesmo se sacudido
Não sou leve como pluma
Não voo como papel no vento
Não vou embora como a água que escorre
Mais respeito que fico
Que faço
Que crio, construo e destruo
Mais respeito que sou teimoso
Mais respeito que sou valente
E se tentares, em vão,
Me tirar do lugar onde estou
Eu grito, eu clamo, eu faço barulho
Mais respeito que vou
Mas vou quando quiser
Quando for a hora de partir.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Músculo vazio
Músculo que pulsa
Vazio que se acumula
Parte que falta
Falta que não cabe
Vazio que não se contém
Buraco rasgado
Miolo arrancado
Aperto calado
Calado que grita
Quer sair
É preso
Não pode falar
Se cala
E pulsa.
E pulsa
E pulsa
Pulsa como quem quer ir embora
Como quem não pode esperar
Como quem quer agora
A não espera
A não demora
O contrário da falta
O vazio completo
Vazio que se acumula
Parte que falta
Falta que não cabe
Vazio que não se contém
Buraco rasgado
Miolo arrancado
Aperto calado
Calado que grita
Quer sair
É preso
Não pode falar
Se cala
E pulsa.
E pulsa
E pulsa
Pulsa como quem quer ir embora
Como quem não pode esperar
Como quem quer agora
A não espera
A não demora
O contrário da falta
O vazio completo
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Montagem
Se encaixa
Se guarda novamente
Se guarda o antigo nas gavetas
Procura-se um lugar para o novo
O desconhecido
O que não havia antes
Há de haver uma gaveta pra guardar
Um espaço pra deixar
Um tempo que espere pra se encaixar
Há de haver recomeço
Reconquista
Retorno
Há que se remontar
Reorganizar
Juntar os cacos pra guardar
Com um quadro
Sem ordem e sem razão
Sem compreensão imediata
Sem ordem direta
Há que se ficar de pé
Remar contra a maré
Se manter fime, mesmo quando não da pé
Procura a gaveta
O espaço
O chão
A linha reta de ontem
Se guarda novamente
Se guarda o antigo nas gavetas
Procura-se um lugar para o novo
O desconhecido
O que não havia antes
Há de haver uma gaveta pra guardar
Um espaço pra deixar
Um tempo que espere pra se encaixar
Há de haver recomeço
Reconquista
Retorno
Há que se remontar
Reorganizar
Juntar os cacos pra guardar
Com um quadro
Sem ordem e sem razão
Sem compreensão imediata
Sem ordem direta
Há que se ficar de pé
Remar contra a maré
Se manter fime, mesmo quando não da pé
Procura a gaveta
O espaço
O chão
A linha reta de ontem
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
A volta
Precisa da calma de da cama
Do afago e do tato
Do diário e do afeto
Da tranquiliade de um gato
Precisa do rito
Do grito calado
Do respirar não falado
Do mar sossegado
Precisa do chão
Espaço sem vão
Precisa da terra
Lugar de quem erra
Mas volta pro seu lugar
Precisa do que segue
Do que fica
Do que está, estático
Lá parado no meio
Levante, pisante, calçado
Precisa do pão
Do lápis
Do giz e da criança
Relógio que passa
Tempo que permanece
Do afago e do tato
Do diário e do afeto
Da tranquiliade de um gato
Precisa do rito
Do grito calado
Do respirar não falado
Do mar sossegado
Precisa do chão
Espaço sem vão
Precisa da terra
Lugar de quem erra
Mas volta pro seu lugar
Precisa do que segue
Do que fica
Do que está, estático
Lá parado no meio
Levante, pisante, calçado
Precisa do pão
Do lápis
Do giz e da criança
Relógio que passa
Tempo que permanece
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