sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Responder por si

Tomar decisões é um ato de extrema coragem. Pode-se perguntar daqui, pedir um conselho ali, mas no final de tudo, a decisão é sempre nossa. Ato de coragem decidir sem saber o que há de vir, sem saber se há arrependimento ou confirmação da decisão tomada.
Ser o único responsável pelas decisões tomadas pode ser tão libertador quanto amedrontador. Se é livre para se ir aonde se quer, mas sem saber aonde pode chegar o caminho arriscado.
Alguns preferem abdicar de tal liberdade tamanho o medo de não estarem tomando o melhor caminho. Perguntam demais, deixam que outros os digam o que é melhor, se eximindo da responsabilidade e da liberdade. Outros preferem ter toda a liberdade mesmo sabendo do risco de se tomar todas as decisões sozinhos. No final, somos os únicos responsáveis e sofredores das consequências das decisões que tomamos. O poder de deter essa responsabilidade é tão nosso quanto o corpo em que vivemos.
Assim como o corpo é nosso, o caminho, a estrada, o que pode vir dela e onde ela deve chegar são nossos, propriedades e deveres nossos. Assim também como nós somos o retrato delas, das escolhas, das decisões, dos caminhos tomados.
Talvez não seja mais tão assustador quanto engrandecedor. Ter o poder de decidir por si mesmo nos dá a rédea da vida. Pro bem ou pro mal. Sempre sabendo que podemos consertar, voltar a tras, mudar, reorganizar. Nascemos sozinhos, crescemos sozinhos, morremos sozinhos e principalmente, decidimos sozinhos.

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