domingo, 2 de março de 2008

Medo

Medo do Tempo que passa
Da hora que não passa
Do escuro que brota
Do clarear da manhã

Medo do tempo, do espaço, da morte
Medo da vida, da linha, da corda
Busco o desejo
Enfrento o medo
Ando na corda pra trás
Pra frente
Prum lado
Pro outro

Sigo a corda da vida
que balaça sobre o medo
e segue sobre o desejo

Fujo da corda da morte
Que balança, balança balança

Medo do dia que vem
Medo do dia que vai
Mas que medo é esse que nunca se esvai?

Medo do contratempo
Medo de ir contra o tempo
Sigo em frente
O que se a de fazer?

Medo do sim
Medo do não
Medo que a escolha não seja em vão

Medo que aperta, que esmera e que não passa
Simplesmente perpassa a corda que há de se seguir

Medo do medo que vem
Medo do medo que vai

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