quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O sorriso mais doce de todos

Desceu do onibus em direção a rua. Andava como nas nuvens, num campo de margaridas ou numa estrada deserta. Queria guardar aquele sentimento pra sempre. Parou. Tinha medo que ele fosse indo embora conforme fosse andando em direção a sua casa. Não ia deixa-lo escapar. Poderia viver uma vida inteira assim. Chovia. Era noite.Queria olhar os pingos que caiam e iam sendo iluminados só pela luz do poste. Só ali se sabia que chovia. Parou novamente. Olhava os pingos da chuva. Não se importava mais com o resfriado. Sò queria deixar-se sentir. Deixar bater, deixar vir. Os pingos iam caindo, música tocando. Aquele sorriso mais doce de todos. Não podia deixar escapar, ir embora. Os minutos pareciam uma eternidade, e ela poderia passar todos eles assim, sem pressa, sem a vida correr. O sorriso mais doce de todos lhe vinha a mente. O coração batia, saltitava. Não queria deixar de sentir. Mesmo que não fosse verdade. Mesmo não sendo paixão vivida, só paixão sentida. Paixão sentida também tem a sua valia. Faz a gente sonhar, sonhar sem precisar acordar. E ela só queria continuar a sonhar, com o sorriso mais doce de todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha escritora preferida ! Mto lindo seu novo texto! Sabe q sou fã de suas palavras ! E adoro as coisas q escreve aqui !Devia publicar um livro com seus pensamentos ! Para servir inspiração para mto mais do q a seus. Bjos da sua amiga q ama a ti e suas palavras, Nathi