terça-feira, 8 de novembro de 2011

Poema pendular

Oscilo entre o doce e o amargo
Entre o escuro e o claro
Entre a pureza e a solidão

Oscilo entre vento, temporal
Cais, mar, âncora e chão
Oscilo entre um lado e outro
Como um pêndulo que não se encontra são.

Oscilo entre vida e destino
Acaso e verdade
Pássaro suspenso
Semente plantada no chão
Oscilo entre paz e dor
Suspiros e louvor

Oscilo porque não posso
Oscilo porque não meço
Oscilo no espaço
Crasso

Oscilo entre mente e corpo
Espaço e pedaço
Cheio e vazio
Perene e Fulgás

Oscilo entre medo e ar
Dessassosego e perdão

Oscilo porque não posso
Não meço, padeço, mereço
Oscilo tentando parar.
Não paro.

Nenhum comentário: