domingo, 13 de novembro de 2011

Invasão

Me deixe quieta parada num canto.
Me deixe perdida sonhando na esquina.
Me deixe levantar um muro tão alto
Me deixe largada queimando no asfalto.

Me deixe ao relento que eu preciso do vento
Me deixe a deriva que clamo pela brisa
Me deixe ao largo que eu preciso de espaço
Me deixe no chão que eu não preciso de mão.

Não bata na porta
Não entre no vão
Não peça saída
Não puxe minha mão.

Que eu bato a porta
Tranco o portão
Fecho a saída
Encolho a mão.

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