sexta-feira, 18 de abril de 2014

Passo apertado
Corre rumo ao rosto colado
Às mãos espalmadas
Ao traço fechado

Corre o espaço livre
Se fecha em pedaços
Do medo enroscado
Em pedaço descolado.

Mãos que fogem do peito aflito
Carrega dentro de si um apito
Apito não pode parar
Som não pode se espalhar.

Passo apertado
Peito descolado
Espera
Não alcança
Não enxerga
Tropeça.

Não mais enxerga estrada branca
Azul esfumaçado que tomou conta.
Não sabe se ainda se vem dos olhos, ou do caminho.
Se vier dos olhos, nada ainda é findo
Se do caminho
 melhor seguir pelo atalho
rumo ao ponto de partida.

Não quer viver do mesmo
Não quer recair em erro esmo.
Mas parece chave que dobrou a esquina
Botão que não vê mais casa de saída.

Espera, reflete, não descansa.

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